A Agência Internacional de Energia (AIE), que inclui os Estados Unidos como membro-chave, alertou que os recém-anunciados cortes na oferta de petróleo da OPEP+ podem aumentar os preços da energia, adicionando combustível a “pressões inflacionárias implacáveis” e levando o mundo a uma recessão.
A agência disse em seu último relatório do mercado de petróleo, divulgado em 13 de outubro, que a demanda por petróleo está caindo à medida que os bancos centrais aumentam as taxas para controlar a inflação crescente, aprofundando a recessão econômica.
“A deterioração implacável da economia e os preços mais altos provocados por um plano da OPEP+ para cortar a oferta estão diminuindo a demanda mundial de petróleo”, disse a agência.
A AIE alertou que “forças de mercado disruptivas” estão se multiplicando enquanto o mundo luta para enfrentar “a pior crise global de energia da história”, com os cortes de oferta da OPEP+ elevando os preços e aumentando a volatilidade do mercado.
“Com pressões inflacionárias implacáveis e aumentos das taxas de juros cobrando seu preço, os preços mais altos do petróleo podem ser o ponto de inflexão para uma economia global já à beira da recessão”, disse a AIE.
No início de outubro, a aliança OPEP+ de países produtores de petróleo concordou em reduzir a produção de petróleo em 2 milhões de barris por dia, dando um golpe aos apelos do presidente Joe Biden ao cartel para aumentar a produção.
A Casa Branca criticou duramente a OPEP+ pelos cortes, chamando a decisão de “erro” e acusando a aliança de “alinhar-se com a Rússia”.
Após a reunião da OPEP+ na qual os cortes de oferta foram decididos, o ministro da Energia dos Emirados Árabes Unidos, Subail al-Mazroui, disse que a decisão da OPEP foi baseada em considerações técnicas e a decisão não foi “política”.
Mais recentemente, o governo da Arábia Saudita, um ator importante da OPEP+, alegou que o governo Biden havia solicitado um adiamento dos cortes no fornecimento de petróleo até depois das eleições de meio de mandato dos EUA.
O ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, príncipe Faisal bin Farhan Al Saud, também acusou o governo dos EUA de tentar “distorcer” os fatos sobre a posição do reino referente ao conflito Rússia-Ucrânia.
O conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Ned Price, negou relatos de que o governo Biden tenha pedido ao cartel para adiar sua decisão de cortar a produção de petróleo até depois das eleições.
“Eu certamente não posso confirmar esse relatório. O que posso confirmar é que transmitimos uma mensagem consistente aos sauditas: o fornecimento de energia precisa atender à demanda de energia”, disse Price em uma coletiva de imprensa do Departamento de Estado em 12 de outubro.
O ministro das Relações Exteriores saudita disse em comunicado que “todas as análises econômicas indicam que adiar a decisão da OPEP+ por um mês, de acordo com o que foi sugerido, teria consequências econômicas negativas”.
O governo Biden pressionou por meses a Arábia Saudita para bombear mais petróleo, com esses esforços fracassando.
O Epoch Times entrou em contato com a Casa Branca para comentar as alegações do funcionário saudita de que havia pedido à OPEP+ para adiar os cortes até depois das eleições.
Caden Pearson contribuiu para esta notícia.
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