Por Agência EFE
A Corte Constitucional da Colômbia anulou hoje (23) uma sentença de 2017 que proibia as touradas no país e dava dois anos ao Congresso para deliberar sobre o tema.
A sentença também proibia outras práticas consideradas como maus-tratos aos animais, como as rinhas de galos, em regiões onde essas atividades não tivessem raízes culturais.
Fontes da Corte Constitucional disseram à Agência EFE que a decisão tem dois efeitos imediatos. As touradas não serão mais penalizadas a partir de 2019, como determinava a sentença anulada hoje, e o Congresso não precisa mais deliberar sobre o assunto.
A decisão da Corte Constitucional será publicada nos próximos dias com detalhes das novas determinações.
Organizações de direitos dos animais criticaram a medida, apesar de considerarem que a reversão da sentença era prevista. O senador Armando Benedetti, que também defende o fim das touradas, classificou a decisão da Corte Constitucional como um “horror”.
Vários projetos de lei já foram apresentados no Congresso da Colômbia para proibir a tauromaquia, mas nenhuma avançou. Entre os motivos dados pela Corte Constitucional para reverter a sentença anterior é exatamente o fato de a questão caber ao Legislativo.
A Colômbia é um dos oito países do mundo onde as touradas ainda são permitidas. Parte da sociedade considera a tauromaquia como uma crueldade contra os animais, mas outros consideram os eventos como parte da expressão cultural do país.