Por Mimi Nguyen-ly, Epoch Times
Imagens perturbadoras de um centro islâmico na Filadélfia mostram crianças que supostamente movem os lábios em sincronia com canções e leem poemas nos quais eles dizem que sacrificariam e matariam por Alá.
O Centro Islâmico da Sociedade Muçulmana Americana na Filadélfia (MAS Philadelphia, na sigla em inglês) publicou os vídeos em 22 de abril em sua página no Facebook. Eles mostram crianças cantando músicas cujas letras parecem chamar a próxima geração de jovens palestinos a abraçar o terrorismo e glorificar homens-bomba, segundo o Projeto de Investigação sobre Terrorismo (IPT).
As imagens mostram as crianças fazendo sincronia labial com uma música, durante a qual várias delas seguram uma cópia do Alcorão.
“O sangue dos mártires nos chama. Paraíso, os homens querem”, diziam conforme a música, segundo o IPT. “Revolucionários, revolucionários… Espada e texto, oh homens livres”.
A música continua: “Até que livremos nossas terras, até alcançarmos nossas âncoras e esmagarmos o traidor… Oh, os ventos do paraíso. Oh rios de mártires, companheiros. Meu Islã chama quem responde. Levantem-se, oh justos”.
Os vídeos foram produzidos em 17 de abril, quando o MAS Philly comemorava o “Dia do Ummah” anual. O tema do evento foi anunciado como focado na “Era Dourada da Ciência Islâmica”.
IPT Exclusive Video: Children at a Muslim school run by @mas_national in #Philadelphia sing about the "Blood of Martyrs" and fighting #Israel pic.twitter.com/Rw9dTEfaqm
— InvestigativeProject (@TheIPT) May 1, 2019
No entanto, o IPT disse que, em vez de se concentrar nas conquistas científicas do mundo islâmico, parte do dia foi dedicado a mostrar às crianças “forçadas a abraçar a cultura radical islâmica”.
O imã Mohammad Tawhidi compartilhou um vídeo na internet sobre o incidente e escreveu no Twitter: “Avisamos o Ocidente sobre o que temos ouvido no Oriente Médio, mas o Ocidente não quer escutar. Esta será sua próxima geração.”
Tawhidi é um muçulmano que vive entre Washington D.C. e a Austrália. Ela utiliza as plataformas sociais como Twitter e Facebook para alertar sobre os perigos que o islamismo radical pode trazer ao mundo.
“Vamos cortar a cabeça deles”
O Instituto de Pesquisa de Mídia do Oriente Médio (MEMRI), um grupo de vigilância, traduziu um poema que estava sendo lido por uma jovem que elogiava os mártires que sacrificaram suas vidas pela Palestina.
Children in Philadelphia Muslim Society: We Will Sacrifice Ourselves for Al-Aqsa; Will Chop off Their Heads, Subject Them to Eternal Torture pic.twitter.com/6ySfz0Ylel
— MEMRI (@MEMRIReports) May 3, 2019
“Nossos mártires sacrificaram suas vidas sem hesitação. Eles alcançaram o Paraíso e o cheiro de almíscar emana de seus corpos. Eles competem uns com os outros para alcançar o Paraíso. Será Jerusalém sua capital, ou será um terreno fértil para os covardes?”, disse ele, de acordo com a tradução do MEMRI.
Outra menina leu um poema cheio de violência que parecia encorajar a eliminação da presença de Israel ao redor da mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém.
“Vamos defender a terra da orientação divina com nossos corpos, e vamos sacrificar nossas almas sem hesitação”, disse ele, de acordo com MEMRI. “Cortaremos a cabeça deles e libertaremos a triste e exaltada mesquita de Al-Aqsa. Nós lideraremos o exército de Alá cumprindo Sua promessa, e iremos submetê-los à tortura eterna”.
Antes, as crianças cantaram: “A terra da jornada noturna do profeta Maomé nos chama. Nossa Palestina deve retornar para nós”.
MEMRI disse à Fox News em uma declaração que tais eventos “não são incidentes isolados; eles estão acontecendo nos principais centros do país, incluindo a Pensilvânia.”
A Fox News informou que o MAS não respondeu a um pedido de comentário sobre o vídeo.
A MAS Philly pertence à Sociedade Muçulmana Americana (MAS), que tem 42 filiais nos Estados Unidos e uma no Reino Unido.
Em 2014, os Emirados Árabes Unidos designaram o MAS como uma organização terrorista principalmente por causa de suas ligações com a Irmandade Muçulmana. De acordo com o IPT, vários líderes do MAS estavam ligados à mesquita Dar Al-Hijrah, no norte da Virgínia, “que serve como incubadora de ódio e tem uma longa história de associações radicais e terroristas”.
O site do MAS diz que sua missão é “levar as pessoas a lutar pela consciência de Deus, pela liberdade e pela justiça, e transmitir o Islã com a maior clareza”, e que sua visão é de “uma sociedade americana virtuosa e justa”. O MAS condenou o recente ataque terrorista anti-semita de nacionalistas brancos contra a sinagoga em San Diego, Califórnia, e a organização também condenou os ataques terroristas islâmicos no Sri Lanka contra igrejas cristãs no dia de Páscoa.
Canções anti-Israel
O Israel National News qualificou as canções como anti-Israel, e observou como a letra de uma canção prometia libertar o Monte do Templo dos “sionistas” e “esmagar o traidor”.
“Israel controla a segurança no Monte do Templo, mas enquanto os muçulmanos têm acesso total e constante à montanha, os judeus raramente são autorizados a subir e são proibidos de orar no local. O jordaniano Waqf administra o local”, relatou o jornal Israel National News.
IPT Exclusive Video: Philadelphia #Muslim school students sing song with violent anti-Semitic pro-terrorist lyrics pic.twitter.com/5tPSqypd2V
— InvestigativeProject (@TheIPT) May 1, 2019
A Liga Antidifamação (ADL), uma ONG internacional judaica sediada nos Estados Unidos que é contra o antissemitismo, emitiu uma declaração condenando a aparente doutrinação.
“Se a tradução for precisa, esse incidente é extremamente perturbador. As crianças não devem ser doutrinadas para odiar. Nunca se deve pedir aos jovens que façam discursos, danças e nem que cantem canções que glorifiquem a violência contra os judeus e o Estado de Israel”, disse o comunicado.
“O conflito entre israelenses e palestinos é profundamente complexo e doloroso para todas as partes, e a única oportunidade para um futuro pacífico é ensinar nossos filhos a buscar a paz. Em um tempo em que há muito ódio anti-judaico, todas as pessoas devem rejeitar fortemente o antissemitismo onde e quando eles o virem.”