Por Isabel Van Bruen
Quase 200 soldados norte-coreanos morreram de COVID-19, a doença mortal causada pelo novo coronavírus, e milhares de outros estão em quarentena.
Segundo o Daily NK, uma agência de notícias sul-coreana, 180 soldados norte-coreanos foram mortos pelo vírus nos meses de janeiro e fevereiro, e outros 3.700 foram colocados em quarentena.
O Daily NK citou uma fonte, supostamente militar da Coreia do Norte, que em 6 de março citou números de um relatório que detalhava o impacto do vírus nos soldados da Coreia do Norte. O Epoch Times não conseguiu verificar independentemente os relatórios.
Os soldados norte-coreanos que supostamente morreram estavam alocados predominantemente na fronteira sino-norte-coreana nas províncias de Pyongan do Norte, Chagang, Ryanggang e Hamgyong do Norte, de acordo com a agência de notícias.
O relatório foi enviado aos líderes militares do regime, e a fonte afirmou que há “corpos demais” que os militares norte-coreanos estão lutando para cremar os soldados mortos pela doença.
“Eu nunca ouvi falar de cadáveres sendo cremados em hospitais militares”, disse a fonte. “A liderança militar provavelmente acredita que, de repente, pedir aos hospitais para cremar todos os corpos criaria uma grande dor de cabeça para a equipe médica”.
A Coreia do Norte não confirmou nenhum caso de COVID-19. No entanto, os especialistas estão cada vez mais preocupados com o fato de Pyongyang estar encobrindo casos e mortes.
Segundo relatos, a Coreia do Norte colocou na semana passada pelo menos 7.000 pessoas em quarentena, na tentativa de impedir a propagação do coronavírus no país.
Também adotou medidas de “alta intensidade” que a mídia estatal do país divulgou para prevenir infecções por coronavírus.
Essas medidas incluem a proibição de turistas estrangeiros, verificações reforçadas nas fronteiras e a suspensão da maioria das viagens aéreas e ferroviárias dentro e fora do país. A mídia estatal KCNA também disse que um período de quarentena de um mês foi imposto a pessoas que apresentavam sintomas do vírus.
O líder norte-coreano Kim Jong Un enviou uma carta pessoal ao presidente sul-coreano Moon Jae-em expressando suas condolências pelo surto de coronavírus na semana passada, marcando o primeiro contato público de Kim com seu colega em mais de quatro meses. Não ficou claro imediatamente se Kim enviou a carta para melhorar os laços tensos com a Coreia do Sul em meio a um impasse na diplomacia nuclear mais ampla com os Estados Unidos.
Kim, em sua carta, expressou preocupação com a saúde de Moon e estendeu uma “mensagem de conforto ao povo sul-coreano” em meio ao crescente surto de coronavírus na Coreia do Sul.
Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças da Coreia (KCDC) relataram 35 novos casos de coronavírus na Coreia do Sul na terça-feira, abaixo do pico de 909 em 29 de fevereiro. Os novos números elevaram a contagem nacional para 7.513, enquanto o número de mortes aumentou em três elevando o total para 54.
A Reuters contribuiu para esta reportagem.