Os Estados Unidos, o Japão e a Coreia do Sul poderão solicitar um embargo internacional para proibir as exportações de petróleo para a Coreia do Norte, de acordo com uma reportagem do Nikkei Asian Review, jornal japonês sobre finanças.
Fazer isso, o jornal afirma, “golpeará a força vital do programa de desenvolvimento de armas de Pyongyang”.
Não houve relatos de que o embargo ao petróleo tenha sido levado adiante, mas ele, supostamente, foi levado em consideração, durante uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, em 30 de agosto – um dia após o ditador comunista da Coreia do Norte, Kim Jong-Un, ter ordenado o lançamento de um míssil balístico que sobrevoou o Japão.
Após a reunião, o Conselho rotulou de “ultrajante” o teste feito pela Coreia do Norte com seu míssil balístico, de acordo com o Chicago Tribune, e exigiu que a Coreia do Norte “faça algo imediatamente”, para reduzir a tensão.
O embaixador russo Vasily Nebenzia e o embaixador chinês Liu Jieyi adotaram a linha em comum, em relação à Coreia do Norte, de que se deve evitar qualquer ação que elevará a tensão.
Após o encontro, o embaixador japonês Koro Bessho disse: “De agora em diante, falaremos dos próximos passos”.
O presidente Donald Trump conversou por 40 minutos ao telefone, com o Primeiro-Ministro japonês, Shinzo Abe, no dia 29 de agosto, sobre o lançamento do míssil norte-coreano. No mesmo dia, Abe divulgou uma declaração dizendo que o Japão irá analisar imediatamente a informação e “adotará todas as medidas possíveis para proteger completamente as vidas do povo japonês”.
No Twitter, Trump disse que “os EUA dialogam há 25 anos com a Coreia do Norte, sendo extorquidos por eles. Conversar não é mais a resposta!”
O governo Obama doou US$19 milhões à Coreia do Norte, em 19 de agosto, um dia antes de Trump assumir o cargo, de acordo com a Voice of America. E de acordo com um relatório do Serviço de Pesquisa do Congresso, órgão apartidário, entre 1996 e 2008, os EUA forneceram mais de um bilhão de dólares em doações para a Coreia do Norte.
Se os Estados Unidos e seus aliados interromperem os carregamentos de petróleo para a Coréia do Norte, isto será mais um item na crescente lista de embargos e sanções que Trump negociou, após as renovadas ameaças e ações hostis, feitas por Kim.
Até mesmo a China, aliada de longa data da Coreia do Norte, começou a reduzir a sua defesa e apoio ao regime comunista de Kim. Ela também aprovou as sanções da ONU contra Pyongyang e afirmou que irá cumprir os acordos, restringindo as importações de carvão, ferro, minério de ferro e outros produtos da Coreia do Norte.
Os Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul realizaram manobras militares na região, para demonstrar força.
O Japão e a Coreia do Sul enviaram caças para acompanhar dois B-1B, bombardeiro nuclear supersônico dos EUA, na península da Coreia em 31 de agosto. O grupo também foi acompanhado por quatro caças F-35B dos Estados Unidos — que estão entre os melhores aviões na Força Aérea Norte-Americana.
A Marinha dos EUA também está no processo de construir um complexo de treinamento de tiro, em Andersen, base da força aérea em Guam. O complexo será usado pelos fuzileiros navais norte-americanos.
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