O regime comunista da Coreia do Norte advertiu que está à beira da guerra.
Num artigo publicado em seu jornal estatal e porta-voz oficial, a KNCA, o regime em Pyongyang queixou-se sobre as sanções impostas e os riscos potenciais de um bloqueio naval.
A Península Coreana está “mais e mais perto da beira da guerra”, disse o artigo.
A administração Trump está tentando impor sanções adicionais à Coreia do Norte após um polêmico teste de míssil balístico intercontinental (ICBM) no final do mês passado.
Leia também:
• Trump duvida que sanções detenham líder Kim Jong-un e Coreia do Norte
• Trabalho em túneis sugere novo teste nuclear a caminho na Coreia do Norte
• Programa de submarinos da Coreia do Norte provoca mais preocupações
O secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, disse em resposta a esse teste que as nações têm o direito de “interditar o transporte marítimo de mercadorias para a RPDC [República Popular Democrática da Coreia]”.
Um bloqueio aos transportes navais com destino à Coreia do Norte acrescentaria pressão significativa sobre o regime norte-coreano.
O presidente estadunidense Donald Trump também instruiu o Departamento do Tesouro dos EUA a impor novas sanções à Coreia do Norte. Até agora, o Tesouro já sancionou as companhias marítimas e os navios norte-coreanos.
O Tesouro também impôs sanções sobre as empresas comerciais chinesas por importarem um valor combinado de US$ 100 milhões em produtos da Coreia do Norte.
Trump também tem contatado e tentado mobilizar outros países para tomarem medidas mais fortes após a última provocação da Coreia do Norte.
No entanto, a China, o maior aliado da Coreia do Norte, indicou que não está disposta a fazer mais.
Em setembro, tanto a China quanto a Rússia concordaram, sob a pressão de Trump, a aprovar e impor novas sanções por meio do Conselho de Segurança da ONU.
A mídia estatal chinesa, no entanto, relatou que o regime chinês atingiu o limite do que estão dispostos a fazer.
O regime chinês forneceu à Coreia do Norte financiamento e tecnologia avançada ao longo dos anos que tornaram possível o seu programa de armas nucleares.
Parece que, embora a China esteja disposta a manter boas relações com os Estados Unidos por receio de uma guerra comercial, ela também não está disposta a desistir da Coreia do Norte, outro Estado comunista, como um trunfo estratégico.
Desde que assumiu o cargo em janeiro, Trump usou uma combinação de esforços diplomáticos, bem como sanções econômicas e ameaça do uso da força militar, num esforço para levar a Coreia do Norte à mesa de negociações.
Trump exige a completa desnuclearização da Coreia do Norte.
No início da semana passada, Trump assinou a Lei de Autorização da Defesa Nacional, que aumenta os gastos com as forças militares, e, se financiado pelo Congresso no orçamento, isso permitiria que os militares adquirissem novos equipamentos, como aviões de combate F-35 e submarinos da classe Virgínia.
A Coreia do Norte levantou preocupações sobre a renovação e atualização do poder militar americano em várias ocasiões nos últimos meses.
No entanto, embora aparentemente intimidados pela ameaça de uma guerra, que o país comunista certamente perderia, o regime do ditador Kim Jong-un continua a ameaçar o continente norte-americano com ataques nucleares, bem como o Japão e a Coreia do Sul.