Por EFE
Coreia do Sul e Estados Unidos iniciaram nesta segunda-feira uma série de exercícios militares de grande escala, que não eram realizados na região há quatro anos e que ocorrem em momento marcado pelo aumento da tensão e da escalada armamentista na península coreana.
O chamado Ulchi Freedom Shield (UFS), cujo começo foi anunciado pelo Estado Maior Conjunto Sul-Coreano, por meio de comunicado, acontecerá até 1º de dezembro e inclui manobras em uma proporção que não é vista no sul da península desde meados de 2018.
Estes exercícios foram reduzidos, inicialmente, em escala, e depois cancelados, visando favorecer o diálogo durante o período de aproximação entre os governos das Coreias do Norte e do Sul, e também dos Estados Unidos.
Além de manobras em terreno, o UFS inclui uma simulação computadorizada como exercício de posto de comando e exercícios de defesa civil, além de ocorrer em duas partes uma primeira que consiste em repelir um hipotético ataque norte-coreano e em defender a região de Seul, e a segunda que consiste em operações de contraofensiva.
O UFS pretende reforçar a preparação dos aliados contra um processo de modernização armamentista iniciado em 2021 pela Coreia do Norte, que, neste ano, fez mais de 20 lançamentos de projéteis e que há semanas está preparada para fazer seu primeiro teste nuclear desde 2017, segundo indicam os satélites.
A realização dos exercícios acontece, além disso, três dias depois que a irmã de Kim Jong-un, líder norte-coreano, Kim Yo-jong, negou taxativamente a oferta de ajuda econômica oferecida por Seul, para caso o regime de Pyongyang optasse pela desnuclearização.
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