A Coreia do Norte teria derrubado um importante monumento que simboliza a unificação com a Coreia do Sul, segundo imagens de satélite, depois de definir o país vizinho como o “hostil número um” em sua Constituição.
Imagens de satélite obtidas pelo portal “NK News” mostram que um arco simbólico em Pyongyang, que se referia a uma futura unificação dos dois países, não está mais em seu local habitual, pois o líder norte-coreano Kim Jong-un teria ordenado a demolição nos primeiros dias do ano.
O monumento, de 30 metros e conhecido como Três Cartas para a Reunificação, não apareceu nas imagens captadas na terça-feira na capital norte-coreana, de acordo com o portal, e foi visto pela última vez em 19 de janeiro, embora não se saiba exatamente quando foi derrubado.
Concluído em 2001, o arco mostrava duas mulheres, uma da Coreia do Norte e outra da Coreia do Sul, segurando um emblema do contorno de toda a península coreana, de acordo com o “NK News”.
Essa decisão enviaria uma forte mensagem a Seul, mas também à população norte-coreana, depois que, há uma semana, Kim pediu a revisão da Constituição para definir a Coreia do Sul como “país hostil número um”, em um novo sinal da mudança estratégica e diplomática pela qual ele parece optar.
Kim também chamou o monumento de “incômodo” em uma sessão da Assembleia Popular da Coreia do Norte em 15 de janeiro e ordenou que ele fosse “completamente removido para eliminar conceitos como ‘reunificação’, ‘reconciliação’ e ‘compatriotas'” do país.
De acordo com as mensagens que Kim divulgou nas últimas semanas, o líder norte-coreano assegurou que também deve ficar claro na Carta Magna que não há espaço para “reconciliação ou reunificação” com a Coreia do Sul e que, em caso de guerra, “é importante levar em conta a questão de ocupar, reprimir e recuperar completamente a República da Coreia (nome oficial do país vizinho)”.