De acordo com o jornal militar norte-americano Stars and Stripes, a Coréia do Norte concordou em devolver até 55 conjuntos de restos mortais supostamente pertencentes a soldados americanos mortos na Guerra da Coréia.
Detalhes surgiram após conversas realizadas na Aldeia de Trégua Panmunjom, em 16 de julho, quando um funcionário familiarizado com as negociações informou o jornal.
Os Estados Unidos fornecerão caixas para os restos mortais e uma delegação norte-americana irá à Coréia do Norte para recuperá-los, enviando-os em 27 de julho para a Base Aérea de Osan, na Coréia do Sul, ou para o Havaí. A data para enviar os restos mortais pode mudar, enquanto se aguarda outro conjunto de negociações em que os detalhes serão resolvidos.
O dia 27 de julho seria uma data simbólica, pois marca o 65º aniversário da assinatura do armistício que interrompeu as hostilidades durante a Guerra da Coréia.
A Coréia do Norte disse que retornaria entre 50 e 55 conjuntos de restos mortais. Este é o primeiro retorno de restos mortais desde 2007. As tensões sobre o programa de armas nucleares da Coreia do Norte interromperam os esforços anteriores.
Esta nova iniciativa é um desenvolvimento positivo nas negociações em andamento entre a Coréia do Norte e os Estados Unidos, que parecem ter atingido uma fase difícil. Após a visita mais recente do secretário de estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, ao estado isolado, a agência estatal de notícias norte-coreana KCNA se referiu às negociações como “lamentáveis” e criticou o que chamou de “mentalidade estilo gangster” vinda dos Estados Unidos.
Na reunião de 16 de julho, as negociações se concentraram na questão de devolver os mortos de guerra, e os norte-coreanos não pediram nada em troca, como a mídia sul-coreana especulara que fariam.
De acordo com o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, as forças americanas durante a Guerra da Coréia sofreram 33.686 mortes na batalha e 2.830 mortes não relacionadas ao combate. No entanto, os civis sofreram o pior, com os norte-coreanos perdendo cerca de 600 mil e os sul-coreanos estimados em 1 milhão.