Convidado para reunião de paz pela Suíça, Brasil só irá caso a Rússia também fizer parte do encontro

Rússia acusa Suíça de ser parcial e não vê possibilidade de sucesso na reunião,

Por Redação Epoch Times Brasil
01/05/2024 13:47 Atualizado: 01/05/2024 13:47

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi convidado pelo governo suíço para participar da reunião que vai debater possibilidades de um acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia. O governo brasileiro afirmou que só iria na reunião caso a Rússia estivesse presente no encontro. 

A reunião surgiu através de um pedido do presidente da ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, para que a Suíça seja o intermediador da paz entre Ucrânia e Rússia, atualmente em guerra.

A guerra se iniciou em 24 de fevereiro de 2022, quando a Ucrânia foi invadida pelo Exército Russo. A Rússia dominou o norte e leste da Ucrânia, porém a Ucrânia em ofensivas retomou o controle dos territórios do norte do país. A guerra ficou conhecida como a maior guerra da Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

Zelenskyy disse que se sentia grato ao governo suíço pela disposição para buscar a paz. O governo russo afirma não ser contra o acordo de paz, mas que não acredita na reunião sediada pela Suíça.

Os russos afirmaram através do embaixador russo para as Nações Unidas, Gennady Gatilov, que “é improvável que se chegue a qualquer acordo sério com o atual regime de Kiev [capital da Ucrânia] e seus patrocinadores no Ocidente” e que o próprio presidente da Ucrânia havia se colocado nessa situação.

A reunião acontecerá nos dias 15 e 16 de junho e contará com a presença doe chefes de Estado de todo mundo, entre eles, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. O convite foi feito a mais de 100 países.

A presença do Brasil é incerta, já que a Rússia defende que a reunião é apenas um evento organizado pelo Partido Democrata americano e que a Suíça, país historicamente neutro, não é um país neutro por ter adotado as sanções econômicas impostas pela Europa contra a Rússia.

O Brasil é conhecido por seu histórico de neutralidade e mediação de conflitos internacionais, porém, está perdendo esse status diante de acontecimentos recentes, como a permissão para atracar em território brasileiro navios militares do Irã, omissão e indulgência com ditadores e seus regimes e seu posicionamento no tocante a outras guerras, como no caso do conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas.