Conversas para trégua entre Hamas e Israel continuam nesta segunda-feira

Por Agência de Notícias
04/03/2024 19:37 Atualizado: 04/03/2024 19:37

As negociações para tentar alcançar uma trégua na Faixa de Gaza e uma troca de reféns por prisioneiros de penitenciárias israelenses continuam nesta segunda-feira, no Cairo, entre as delegações do Hamas, Catar, Egito e Estados Unidos.

“As negociações sobre a trégua continuam hoje no Cairo com a participação do Egito, dos Estados Unidos, do Hamas e do Catar”, disse uma fonte egípcia, que não foi identificada, ao canal Al Qahera News, que é próximo à inteligência egípcia.

A fonte relatou que o Egito está fazendo “grandes esforços” para chegar a um acordo antes do mês sagrado do Ramadã, que deve começar em 10 ou 11 de março.

Além disso, comentou que houve “progresso” nas negociações para chegar a um “acordo justo”, mas não entrou em detalhes sobre esse progresso.

Fontes próximas às negociações disseram à Agência EFE, sob condição de anonimato, que a delegação do Hamas se recusou a anunciar os nomes dos reféns que ainda estão vivos na Faixa de Gaza, já que nem todos os prisioneiros estão nas mãos do grupo islâmico.

De acordo com informantes, há um número desconhecido de reféns em poder da Jihad Islâmica Palestina e de outras facções em Gaza, e o Hamas não sabe o paradeiro deles porque “as comunicações entre as facções da resistência estão cortadas devido à atual ofensiva israelense” na Faixa.

Nessa nova rodada de negociações na capital egípcia, que começou no domingo, não há nenhum representante israelense em protesto contra a recusa do Hamas em fornecer uma lista dos reféns que ainda estão vivos, de acordo com fontes oficiais citadas pela imprensa israelense.

O governo de Israel já havia alertado que, se não recebesse mais informações sobre o estado de saúde das cerca de 130 pessoas mantidas em cativeiro pelo Hamas, não continuaria a negociar.

Em vista dessa situação, as fontes disseram à EFE que o Egito enviou um convite à Jihad Islâmica Palestina para ir ao Cairo e resolver esse importante obstáculo para o progresso das negociações.

De acordo com o Hamas, 70 dos 130 reféns foram mortos “por bombardeios israelenses”, embora Israel só tenha confirmado a morte de cerca de 30.

Israel e Hamas chegaram a uma trégua em novembro do ano passado que permitiu a libertação de 105 reféns em troca da libertação de 240 prisioneiros palestinos.