O Conselho de Segurança da ONU se reunirá na tarde desta quinta-feira em caráter de emergência e a portas fechadas, a pedido da Argélia, após o incidente ocorrido hoje durante uma distribuição de alimentos no norte da Faixa de Gaza que deixou 112 mortos e mais de 700 feridos.
O incidente, que começou com disparos do Exército israelense e foi aparentemente seguido por uma debandada, foi condenado pelo secretário-geral da ONU, António Guterres; pelo seu vice-secretário-geral para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths, e pelo alto comissário para os Direitos Humanos, Volker Türk.
Segundo comunicado lido por seu porta-voz, Stéphane Dujarric, Guterres evitou apontar Israel como causador da tragédia.
O secretário-geral disse que se sentia “oprimido pelo trágico custo humano do conflito em Gaza”, no qual, além das 30 mil pessoas mortas violentamente, “um número indeterminado de pessoas jaz sob os escombros”.
Por sua vez, Marting Griffiths declarou que a guerra em Gaza “ainda tem a capacidade de nos chocar”, mas também evitou atribuir a culpa do incidente a Israel.
O porta-voz Dujarric disse que o incidente precisa ser investigado: “Estamos no meio de um conflito, e haverá um momento de responsabilização com investigações transparentes (…), existem vários mecanismos em nível nacional e internacional”, destacou.
“Não sabemos exatamente… no que nos diz respeito, não sabemos exatamente o que aconteceu”, comentou o porta-voz.