Por Eduardo Tzompa
O Conselho de Direitos Humanos da ONU concordou em ouvir o cientista cubano Ariel Ruiz Urquiola, de modo que o ativista depôs sua greve de fome e sede na sexta-feira, depois de passar cinco dias nas proximidades da organização.
A coordenadora da plataforma Cuba Decide, Rosa María Payá, fez o anúncio por meio de suas redes sociais, garantindo que a decisão do Conselho é “uma vitória”.
“Ariel tem em suas mãos a carta que o registra para abordar, sem intermediários, como é sua demanda, a sessão plenária do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas”, afirmou Payá.
O documento foi entregue a Ruiz Urquiola pela organização UN WATCH, cujo diretor pediu a Bachelet para conceder uma audiência ao ativista “em nome de todas as vítimas de direitos humanos do regime de Castro”.
Antes de iniciar sua greve de fome, Ruiz Urquiola enviou uma carta a Michelle Bachelet pedindo para ser ouvido “como vítima de um crime contra a humanidade pela ditadura cubana”. Da mesma forma, o ativista cubano denunciou na carta que o regime cubano “o inoculou com uma cepa do HIV”, após ter sido preso em Cuba há dois anos.
O Diario las Américas informou que as acusações de Ruiz Urquiola foram apoiadas por exames médicos e pelas opiniões de vários especialistas que o examinaram na Europa. Os resultados das investigações concluíram que a infecção detectada em Ariel teria sido transmitida por via intravenosa.
O cientista cubano disse ao Epoch Times que decidiu entrar em greve de fome e sede sem tomar seus medicamentos antirretrovirais “porque sabia que era a única maneira de acessar a plataforma de todos os cidadãos do mundo”.
Dada a possível entrada do regime cubano na Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas, Ruiz Arquiola disse que “seria mais uma evidência da não funcionalidade do sistema do alto comissário de direitos humanos”, acrescentando que se isso acontecer ” Deve gerar um estado mundial de consciência e parar de financiar essa instituição para que ela desapareça abruptamente”.
O ativista cubano indicou que é “falta de respeito” por países que violam os direitos humanos ingressar no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
No início deste mês, mais de 500 ativistas cubanos endereçaram uma carta à Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, pedindo que o regime cubano seja obrigado a respeitar sua Constituição e os convênios internacionais reconhecidos pela ONU.
Na carta aberta enviada em 1º de junho ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, os signatários apontam que Cuba passou “do pessimismo à frustração em suas esperanças” de que o regime de Castro respeitasse e governasse de acordo com a lei; que uma nova Constituição foi proclamada em 10 de abril de 2019.
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