O Conselho do Atlântico Norte, principal órgão de tomada de decisões políticas da OTAN, se reunirá na semana que vem para decidir sobre a nomeação formal do holandês Mark Rutte como secretário-geral da organização, informaram fontes diplomáticas à Agência EFE na quinta-feira (20).
Embora o caminho de Rutte até a liderança da Aliança tenha ficado livre nesta quinta-feira, quando o presidente romeno, Klaus Iohannis, retirou sua candidatura, a decisão formal precisa ser tomada pelo Conselho do Atlântico Norte, também conhecido como Conselho do Atlântico, disseram as fontes.
Elas explicaram que há um acordo entre os aliados de que Rutte assumirá o lugar do norueguês Jens Stoltenberg como chefe da OTAN, mas a decisão ainda não foi tomada formalmente.
A expectativa é que essa escolha formal ocorra na semana que vem no Conselho do Atlântico a nível de embaixadores dos 32 países-membros, e que seja ratificada pelos líderes na cúpula da Aliança em Washington, em julho.
Nesta quinta-feira, Iohannis informou ao Conselho Supremo de Defesa Nacional que seu país estava retirando sua candidatura e, por sua vez, informou a OTAN de sua desistência, depois de Rutte ter ganhado o apoio dos outros 32 Estados-membros.
Com esse anúncio, o primeiro-ministro em exercício da Holanda passa a ser o único candidato de fato à liderança da OTAN.
Iohannis, que anunciou sua candidatura em março, enfatizou nesta quinta-feira que seu país também apoia a candidatura de Rutte.
Nos últimos dias, outros países da região que inicialmente se opunham à candidatura do holandês, como Eslováquia e Hungria, finalmente o aceitaram.
O primeiro-ministro da Hungria, o ultranacionalista Viktor Orbán, anunciou na terça-feira passada que, após o recente acordo com a OTAN para não participar das atividades aliadas na Ucrânia, decidiu apoiar Rutte como o próximo secretário-geral.
O presidente da Eslováquia, Peter Pellegrini, também anunciou na terça-feira que apoiaria Rutte, que, portanto, tem o apoio unânime de todos os 32 aliados da OTAN.