Congresso paraguaio quer estado de emergência após fuga de presos do PCC

22/01/2020 15:44 Atualizado: 22/01/2020 15:44

Por EFE

Assunção, 22 jan – O presidente do Congresso do Paraguai, Blas Llano, apresentou nesta quarta-feira um projeto de lei para declarar o estado de emergência no departamento de Amambay, onde está localizada a prisão que no último domingo, 75 membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) fugiram.

O projeto de lei do senador do Partido Liberal estabelece a aplicação dessa medida por 45 dias e atende “à grave comoção interna gerada pela fuga em massa de criminosos de alto risco” naquele departamento, na fronteira com o Brasil.

Além disso, o projeto de lei também prevê o poder do presidente do país para ordenar por decreto a prisão de pessoas “indiciadas” e sua transferência de um ponto para outro do território nacional”.

Llano entregou o projeto de lei a Arnaldo Franco, presidente da Comissão Permanente do Congresso, a autoridade parlamentar de plantão durante o recesso de verão, e solicitou uma reunião extraordinária para tratar desta medida.

O presidente do Congresso também afirmou que a maioria das forças policiais de Amambay, assim como os promotores e responsáveis pelo combate ao narcotráfico, deveria ser trocada, de acordo com um comunicado do Senado.

As autoridades paraguaias investigam a fuga dos prisioneiros. Elas suspeitam que os criminosos tenham recebido ajuda para sair da prisão.

Por enquanto, o responsável pelo presídio e mais 30 agentes penitenciários foram afastados de suas funções.

Porém, os principais partidos de oposição ameaçaram ontem iniciar um julgamento político do presidente Mario Abdo Benitez, e o convocaram para dar uma resposta do ocorrido.

Dos 75 fugitivos, os policiais conseguiram capturar seis, cinco paraguaios e um brasileiro.