Congresso dos EUA decide aliviar restrições a bancos impostas após crise financeira

23/05/2018 15:52 Atualizado: 23/05/2018 15:52

Por Agência Reuters

A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou ontem (22) um projeto de lei que torna mais flexíveis as regras aplicadas ao setor bancário após a crise financeira de 2007-2009, em uma grande vitória legislativa para o presidente Donald Trump.

A votação de ontem atenua algumas das regras da Lei Dodd-Frank de 2010 que prejudicaram pequenos bancos e instituições financeiras comunitárias, como parte da promessa do presidente republicano de impulsionar o crescimento econômico através da diminuição do número de regulações, mas que até agora tem feito pouco por Wall Street.

A iniciativa está longe da revogação que Trump prometeu durante sua campanha eleitoral e deixa em grande parte intactas as disposições centrais da Lei Dodd-Frank, projetadas para garantir a estabilidade financeira, e outras regras criticadas por bancos e republicanos conservadores.

O projeto de lei, que foi aprovado pelo Senado em março depois de ganhar o apoio de 17 democratas, marca a primeira tentativa de rever as regras que procuram evitar a repetição da crise que forçou o governo a socorrer Wall Street com cerca de 700 bilhões de dólares do dinheiro dos contribuintes.

Críticos republicanos dizem que a Lei Dodd-Frank foi longe demais e restringiu a capacidade dos bancos de emprestar, prejudicando o crescimento econômico, enquanto muitos democratas dizem que fornece proteções cruciais para consumidores e contribuintes.

Na noite de ontem, funcionários da Casa Branca aplaudiram a legislação bipartidária como outro “marco” na missão do governo Trump para “revitalizar a economia dos Estados Unidos” ao remover barreiras para os negócios.

Autoridades disseram que a Casa Branca espera que Trump promulgue o projeto de lei durante uma cerimônia formal esta semana.

O projeto de lei, aprovado em uma votação com 258 votos favoráveis e 159 contrários, elevou de 50 bilhões de dólares para 250 bilhões o limite para que um banco seja considerado um risco para o sistema e fique sujeito a uma supervisão mais rigorosa.

Medida também alivia as regras de negociação, crédito e capital para instituições com menos de 10 bilhões de dólares de capital.