O presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, o republicano Mike Johnson, anunciou nesta segunda-feira que nos próximos dias a Casa vai considerar “separadamente” os projetos de lei de ajuda a Israel e à Ucrânia, ignorando o apelo do presidente do país, Joe Biden, para aprovar um pacote conjunto de US$ 95 bilhões.
Johnson disse em uma entrevista coletiva que espera votações separadas na noite de sexta-feira sobre as verbas para esses dois países e outras para fornecer ajuda aos aliados dos EUA no Indo-Pacífico.
O ataque iraniano a Israel no fim de semana pressionou Johnson a permitir uma votação sobre a assistência a determinados países, especialmente a Ucrânia, que tem a oposição da ala mais radical do Partido Republicano.
“Há acontecimentos repentinos em todo o mundo que todos nós estamos observando com muita atenção”, disse Johnson a jornalistas após se reunir com membros republicanos da Câmara.
O político, que é alvo de pressão da ala mais extrema de seu partido para que deixe a liderança da maioria republicana na Câmara, explicou na rede social X (ex-Twitter) que serão avaliados projetos de lei separados para financiar Israel, apoiar a Ucrânia em sua guerra contra a Rússia, fortalecer os aliados dos EUA no Indo-Pacífico e aprovar medidas adicionais para fortalecer a segurança nacional.
Mais cedo, Biden fez um apelo para que o Congresso aprovasse o quanto antes um pacote de ajuda de US$ 95 bilhões para Israel, Ucrânia e Taiwan, que está travado há meses devido à resistência de parlamentares republicanos.
O Senado aprovou um pacote de ajuda suplementar para Israel e Ucrânia em fevereiro, mas Johnson não o pautou na Câmara e não emplacou por duas vezes a liberação de verbas para Israel.