Congressista dos EUA sugere cobrar país de origem de cada ilegal preso na fronteira para financiar muro

13/08/2018 15:21 Atualizado: 13/08/2018 15:21

Por Bowen Xiao, Epoch Times

Um congressista do Arizona apresentou uma medida que pode ajudar a financiar a construção do muro na fronteira, prometido pelo presidente Donald Trump, cortando a ajuda estrangeira para os países de origem daqueles que entram ilegalmente nos Estados Unidos.

O representante republicano Andy Biggs disse que a legislação, chamada de “Financiar e completar a Lei do Muro de Fronteira”, penalizaria os países com 2.000 dólares em ajuda para cada estrangeiro ilegal preso cruzando a fronteira norte-americana. O dinheiro das multas seria redirecionada para um fundo destinado à construção do muro de fronteira.

“Nós não conseguimos garantir fundos para o muro na fronteira. Enquanto isso, nossos agentes de patrulha sofrem desmoralizantes perdas de recursos e pessoal”, disse Biggs em um comunicado. “Temos de financiar, iniciar e completar o muro da fronteira sem mais demora”, observa Biggs.

Além disso, essa lei autoriza a cobrança de uma nova taxa para transferências internacionais de dinheiro, e se os viajantes estrangeiros preencherem formulários I-94 terão um aumento nas taxas de 6 a 25 dólares. Biggs disse que essas taxas mais altas ajudarão a pagar os salários dos funcionários da patrulha de fronteira.

A importância do muro ficou bem clara quando Trump ameaçou vetar a lei de gastos devido à falta de fundos.

A nova lei também restabelece o pagamento de horas extras para os funcionários da patrulha de fronteira, no mesmo valor que todas as outras agências de aplicação da lei do Departamento de Segurança Nacional (DHS, na sigla em inglês). Além disso, a lei instrui o DHS a tomar medidas para instalar tecnologia e barreiras físicas a fim de evitar travessias ilegais, quando considerado necessário.

Em uma entrevista para a Fox News, Biggs devolveu o golpe para os que criticaram seu projeto de lei por “roubar” dinheiro de outros governos.

“Trata-se de ajuda estrangeira, não é roubar dinheiro. É o dinheiro que nós estamos proporcionando e muitas dessas pessoas não atravessam a fronteira nos pontos de entrada. Elas não estão tentando entrar legalmente em nosso país, mas elas estão entrando em nosso país”, disse o deputado.

Em julho, mais de 31.300 imigrantes ilegais foram capturados pela patrulha de fronteira entre os pontos de entrada na fronteira sudoeste, de acordo com estatísticas da Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP). Em junho, aproximadamente 34.100 foram capturados.

Em uma publicação de 3 de julho no Twitter, Trump expressou frustração com a lenta construção do muro.

“Precisamos de segurança nas fronteiras, livrar-nos da Cadeia, da Loteria, do Prender e Soltar, das Cidades-Asilo — passar para a Imigração baseada no Mérito”, escreveu ele. “Proteger o Serviço de Imigração e Controle de Alfândega dos Estados Unidos (ICE) e as autoridades policiais e, claro, continuar a construir, só que muito mais rápido, o muro!”.

Já existe uma barreira em alguns lugares ao longo da fronteira EUA-México. A maioria das travessias ilegais ocorrem no Vale do Rio Grande do Texas, onde o sinuoso Rio Grande atua como uma fronteira natural entre os Estados Unidos e o México.