Vários manifestantes e policiais ficaram feridos no domingo (12) depois que os agentes tentaram efetuar prisões no tradicional protesto esquerdista realizado todo ano em Berlim em memória dos líderes comunistas assassinados Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht.
O deputado regional do Partido de Esquerda, Ferat Kocak, denunciou uma ação “desproporcional” da polícia, que, segundo o parlamentar, invadiu a marcha para isolar o bloco pró-palestino.
Uma pessoa ficou inconsciente após ser golpeada repetidamente no rosto e quatro manifestantes foram hospitalizados, incluindo dois menores de idade, disse o parlamentar em um vídeo transmitido pelo jornal de esquerda Junge Welt.
A própria polícia de Berlim declarou em suas redes sociais que, durante a prisão de alguns “suspeitos”, alguns manifestantes reagiram com “resistência violenta e ataques” contra os agentes e confirmou que um manifestante ficou inconsciente e foi levado ao hospital de helicóptero.
No total, 20 prisões foram efetuadas e 10 acusações foram apresentadas, disse a polícia, sem explicar o motivo das detenções iniciais, embora tenha indicado que alguns manifestantes gritavam palavras de ordem e exibiam faixas com conteúdo punível.
A imprensa especula que estavam se referindo a gritos de apoio à causa palestina, incluindo “Do rio ao mar”.
Segundo o Ministério do Interior alemão, essa expressão faz referência à destruição de Israel, embora nos casos que chegaram aos tribunais essa interpretação tenha sido parcialmente rejeitada.
Ainda segundo a polícia, 17 agentes ficaram feridos nos distúrbios.