Confrontos durante rebelião no Sudão matam 3 funcionários da ONU

Por Agência de Notícias
17/04/2023 10:53 Atualizado: 17/04/2023 10:53

A missão das Nações Unidas no Sudão informou neste domingo (16) que três funcionários do Programa Mundial de Alimentos (PAM) foram mortos no sábado durante os confrontos que eclodiram no norte de Darfur, em meio a combates entre o Exército e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (FAR).

“Três funcionários do Programa Mundial de Alimentos (PMA) foram mortos em confrontos que eclodiram em Kabkabiya, Darfur do Norte, em 15 de abril, enquanto estavam em serviço”, disse a missão da ONU em um comunicado.

O representante da missão no Sudão, Volker Perthes, “condenou energicamente os ataques contra o pessoal das Nações Unidas”, transmitiu suas condolências às famílias das vítimas e manifestou sua “extrema preocupação” com “relatos de projéteis atingindo as instalações da ONU” durante os combates.

No entanto, não especificou como exatamente morreram os trabalhadores do PMA, organização que foi alvo de ataques esporádicos de grupos armados antes mesmo do início da rebelião.

Perthes também denunciou que há “relatos” sobre “saque de instalações da ONU e outras instalações humanitárias em vários lugares em Darfur”, o que descreveu como “atos de violência recorrentes” que “interrompem a prestação de assistência vital e devem terminar”.

“A segurança dos funcionários e contratados é fundamental e, quando ocorrem incidentes como este, são as mulheres, homens e crianças que precisam desesperadamente de assistência que mais sofrem”, destacou o representante, pedindo às partes em conflito que “respeitem suas obrigações internacionais”, além de garantir a segurança do pessoal e das instalações da ONU.

“Reitero: civis e trabalhadores de ajuda humanitária não são um alvo”, frisou.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 16 milhões de pessoas, ou seja, um terço da população do Sudão, dependem de ajuda humanitária.

Os confrontos entre o Exército e as FAR começaram na manhã de sábado e, de acordo com o Comitê Médico Central do Sudão, até agora deixaram mais de 50 civis mortos e quase 600 feridos em todo o país.

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