Pelo menos 29 insurgentes maoístas foram mortos e três membros das forças de segurança ficaram feridos nesta terça-feira durante um confronto deflagrado no estado de Chhattisgarh, no centro da Índia, três dias antes do início das eleições gerais.
“Após informações específicas da inteligência, uma operação foi lançada pela Força de Segurança das Fronteiras indiana (BSF) e pela Guarda Distrital de Reserva (DRG). Enquanto a operação estava em andamento, membros dos maoístas abriram fogo e as tropas da BSF responderam”, disse um porta-voz da guarda de fronteira ao jornal Indian Express.
Já o inspetor-geral da polícia de Bastar, Sundarraj, disse aos meios de comunicação que as forças de segurança encontraram após o confronto os corpos de 29 combatentes naxalitas, assim chamados porque o movimento nasceu após uma revolta na aldeia bengali de Naxalbari em 1967.
“Um grande número de armas e munições também foram recuperados na área. Três soldados ficaram feridos no confronto e estão fora de perigo”, acrescentou Sundarraj.
Ativos há meio século, especialmente no chamado “cinturão vermelho” da Índia, uma faixa de território que atravessa o centro e o leste do país, os maoistas procuram impor uma revolução agrária na região.
O confronto de hoje ocorre apenas duas semanas depois de pelo menos 13 insurgentes maoistas terem morrido em outro incidente na mesma região, e três dias antes do início das eleições gerais na Índia.
Na próxima sexta-feira, o país asiático realizará a primeira das sete fases de gigantescas eleições cujos resultados são esperados para 4 de junho.
O poderoso ministro do Interior indiano, Amit Shah, afirmou no domingo passado durante um comício em Chhattisgarh que, se o atual primeiro-ministro, Narendra Modi, obtiver um terceiro mandato consecutivo nas eleições, “erradicará o naxalismo em três anos”.