Quinze jornalistas foram mortos nos dez dias de combates em Israel e na Faixa de Gaza, segundo um balanço do Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), que pediu às partes em conflito para que respeitem a segurança dos profissionais da imprensa.
O CPJ também tem conhecimento de três jornalistas desaparecidos ou detidos, dois deles palestinos e um israelense, e de oito outros feridos, após obter os seus dados através de veículos de comunicação palestinos, israelenses ou outros países que alertaram para a sua situação.
O comitê esclarece que não pôde confirmar se todas as pessoas que constam na lista foram mortas ou desapareceram no exercício das suas funções e que continua a investigar as circunstâncias das suas mortes.
O dia em que mais jornalistas morreram foi 7 de outubro, quando o Hamas lançou uma série de ataques surpresa contra militares e civis israelenses: nesse dia, três repórteres israelenses foram mortos por fogo do Hamas e três palestinos por fogo israelense.
“Os jornalistas são civis que fazem um trabalho importante em tempos de crise e não devem ser alvo das partes em conflito. Os jornalistas da região estão fazendo grandes sacrifícios para cobrir este conflito doloroso”, disse o coordenador da região árabe do CPJ, Sherif Mansour.
Entre os repórteres desaparecidos, o CPJ acredita que dois estão sob custódia: o fotógrafo israelense Roee Idan, feito refém com a sua filha de 3 anos pelo Hamas, de acordo com a sua própria família, e o fotógrafo palestino Nidal al-Walidi, detido pelo Exército de Israel, enquanto um terceiro fotógrafo palestino está desaparecido.
O comitê fornece a todos os jornalistas que cobrem o conflito um endereço de e-mail (emergencies@cpj.org) para qualquer pergunta sobre a sua segurança. Por seu lado, a Reuters apelou ao governo israelense para que efetue “uma investigação rápida, completa e transparente”, em declaração lida pela chefe de redação da agência, Alessandra Galloni, sobre a morte de Abdallah, um cinegrafista morto na fronteira libanesa .
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