Por Zachary Stieber
A segunda rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia começou hoje, dia 3 de março, na Bielorrússia.
A delegação da Ucrânia inclui o político ucraniano Davyd Arakhamia, o conselheiro presidencial Mykhailo Podolyak e o ministro da Defesa Oleksiy Reznikov.
A Rússia enviou um grupo liderado por Vladimir Medinsky, assessor do presidente russo Vladimir Putin.
Podolyak escreveu no Twitter que as principais questões da agenda incluem um “cessar-fogo imediato”, um armistício e corredores humanitários para a evacuação de civis de cidades que foram destruídas ou danificadas por bombardeios.
Ele compartilhou uma foto mostrando o lado ucraniano vestindo jaquetas e calças e os russos de terno e gravata.
Medinsky afirmou a repórteres na quarta-feira que as negociações incluiriam “uma série de propostas da Rússia relacionadas a um cessar-fogo imediato”.
A primeira rodada de negociações viu os lados chegarem a um consenso em vários pontos, disseram autoridades.
“Em vários pontos mais cruciais, o lado ucraniano tirou um tempo para consideração e consultas com Kiev, o que era bastante esperado”, disse Medinsky.
“Temos um conjunto de sugestões em três partes, relacionadas a aspectos militares, técnicos, humanitários e políticos internacionais”, acrescentou.
Autoridades ucranianas disseram que querem que a Rússia concorde em retirar incondicionalmente todas as suas tropas.
Dmytro Kuleba, ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, disse a repórteres na quarta-feira que “estamos prontos para negociações, para diplomacia”.
“Mas não estamos prontos para aceitar nenhum ultimato russo”, disse Kuleba, acrescentando que as exigências da Rússia são essencialmente as mesmas de quando Putin fez um discurso que iniciou a guerra.
Os grupos se reuniram em Brest, na Bielorrússia, que faz fronteira com a Rússia e a Ucrânia.
Tropas russas invadiram a Ucrânia no dia 24 de fevereiro. Desde então, os combates já mataram milhares de soldados e estima-se que mais de 2.000 civis. Partes das principais cidades ucranianas, incluindo Kiev, foram dizimadas por bombardeios, e centenas de milhares de pessoas fugiram para países vizinhos como a Polônia.
Putin disse que a guerra começou para “desnazificar” a Ucrânia e exigiu que os ucranianos se desarmem e se comprometam a não ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Muitos países condenaram a invasão, incluindo os Estados Unidos, mas nenhum enviou tropas para ajudar a Ucrânia. Muitos enviaram armas e outros tipos de assistência militar para ajudar a Ucrânia; um pequeno número apoiou a Rússia ou recusou-se a tomar partido.
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