O Ministério da Defesa da Rússia informou nesta quarta-feira (30) que suas forças repeliram oito contra-ataques ucranianos ao longo do último dia na região fronteiriça de Kursk, onde já estariam mobilizadas tropas norte-coreanas, segundo relatos da Coreia do Sul, da Ucrânia e dos Estados Unidos.
“Foram repelidos oito contra-ataques” nas proximidades de cinco cidades, quatro a noroeste e uma a sul da cidade de Sudzha, a principal cidade russa ocupada pelo Exército ucraniano nesta região, afirmou o comando militar russo em seu relatório diário sobre a guerra.
A pasta de Defesa de Moscou destacou que as forças russas continuaram o seu avanço na região durante os confrontos com 10 brigadas ucranianas, que incluíam forças blindadas e de tanques, tropas de assalto, paraquedistas, fuzileiros navais e de defesa territorial.
O comando militar russo, que não se referiu a uma possível presença militar norte-coreana na região, indicou que neste setor da frente de batalha o Exército Ucraniano sofreu cerca de 350 baixas, entre mortos e feridos.
Na segunda-feira passada, o Pentágono informou que a Coreia do Norte enviou quase 10.000 soldados para a Rússia, parte dos quais já se encontram na região fronteiriça de Kursk, o que foi confirmado pelo secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, citando fontes da inteligência ucraniana.
A Coreia do Norte e a Rússia têm reforçado sua cooperação militar e, no último mês de junho, o ditador norte-coreano Kim Jong-un e o líder russo Vladimir Putin realizaram uma reunião de cúpula em Pyongyang, na qual assinaram um novo tratado de associação que incluía uma cláusula de defesa mútua.
A ministra das Relações Exteriores norte-coreana, Choe Son-hui, viajou na terça-feira para a Rússia, onde deverá coordenar os preparativos para uma futura visita do líder norte-coreano a Moscou.
