Colômbia abre seu primeiro centro de refugiados venezuelanos em Cúcuta

08/02/2018 15:50 Atualizado: 08/02/2018 15:50

O Consulado da Colômbia informou, em Cúcuta, que no sábado (3) foi aberto o primeiro “Centro de Assistência Temporária” para refugiados venezuelanos. A operação ficará a cargo da Cruz Vermelha da Colômbia.

Ele explicou que esta é “uma das medidas do governo para abordar a situação dos migrantes venezuelanos que chegaram no norte de Santander”.

Primeiro centro para refugiados venezuelanos na Colômbia (Cruz Vermelha Colombiana)
Primeiro centro para refugiados venezuelanos na Colômbia (Cruz Vermelha Colombiana)

Os beneficiados desta iniciativa governamental são famílias formadas por menores de idade, mulheres grávidas, lactantes, idosos e/ou pessoas com deficiência.

Primeiro centro para refugiados venezuelanos na Colômbia, em Cúcuta (Consulado da Colômbia)
Primeiro centro para refugiados venezuelanos na Colômbia, em Cúcuta (Consulado da Colômbia)

“Trata-se de imigrantes regulares que acabaram em situação de rua, mas que pretendem continuar sua jornada para outras cidades”, disse o Consulado.

O governo informou que a abertura do centro contou com a cooperação internacional da Organização Internacional para as Migrações (OIM) e da Prefeitura de Villa del Rosario.

A Cruz Vermelha da Colômbia, responsável pela operação, divulgou no sábado às redes sociais que seus voluntários “realizam trabalhos no Centro de Assistência Temporária para o Migrante da cidade de Cúcuta, fronteira com a Venezuela”.

O número de venezuelanos que deixaram o país rumo à Colômbia é mais de quatro milhões, e daqueles que estão em situação de refugiados, em janeiro totalizaram 485 mil em Cúcuta e 135 mil em Maicao, de acordo com o jornal El Nacional.

De acordo com um relatório elaborado pela Organização Internacional para as Migrações (OIM) intitulado “Mais além dos números“, publicado em 24 de janeiro, “a migração tornou-se a mega-tendência do nosso tempo e não é apenas inevitável, é necessário”.

De acordo com a OIM, “os migrantes representam aproximadamente 3% da população mundial, mas produzem mais de 9% do PIB mundial, cerca de 3 bilhões de dólares a mais do que se tivessem ficado em casa”.

“Os migrantes preenchem postos de trabalho, contribuem com suas habilidades e ajudam a economia a florescer”, conclui o documento.

De acordo com outro relatório da OIM, a título de referência, os números de 2014 indicam que a América do Norte, América Central e Caribe concentram cerca de 25% dos migrantes no mundo.

Em 2013, cerca de 53 milhões de imigrantes residiam nos Estados Unidos e no Canadá, e cerca de 3 milhões no México, América Central e Caribe. Hoje, é a vez da Colômbia encarar esse desafio.

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