Um dos cofundadores do Hamas morreu na terça-feira, 30 de janeiro, cerca de três semanas após ele atirar em si mesmo enquanto limpava sua arma, disseram autoridades.
Imad al-Alami estava “examinando sua arma pessoal em sua casa” no início de janeiro, quando a arma disparou acidentalmente, baleando-o, disse o Hamas, um grupo que foi listado como uma organização terrorista pelo Departamento de Estado dos EUA desde 1997.
Em 2003, os Estados Unidos chamaram al-Alami de um “terrorista global especialmente designado”, informou a BBC.
Weeks after he supposedly shot himself in the head by accident, one of Hamas founding leadership, Imad al Alami, has been announced as dead. #Gaza #Palestine pic.twitter.com/EHFgpG2JXj
— Palestine (@OccuPalGaza) January 30, 2018
O Jerusalem Post informou que ele esteve internado em Gaza até seu falecimento. Inicialmente, o Hamas disse que ele tinha morrido de causas naturais, mas depois admitiu que ele atirou em si mesmo acidentalmente. O porta-voz do Ministério do Interior do Hamas, Iyad Bozm, disse ao jornal que ele disparou contra si “por engano”.
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Al-Alami foi descrito pelo Jerusalem Post como um membro “linha-dura” do Hamas que apoiava os “laços com o Irã” do grupo. Al-Alami era um membro do Hamas desde o final da década de 1980 e também o primeiro representante do Hamas no Irã.
“O Hamas era Abu Hamam e Abu Hamas era o Hamas… Ele conseguiu lidar com mudanças e transformações e prescrever políticas e estratégias [apropriadas] para diferentes períodos de tempo”, disse o chefe do Politburo do Hamas, Ismail Haniyeh, sobre o líder.
جانب من تشييع حثمان القيادي بحركة #حماس عماد العلمي بعد وفاته متأثراً بإصابته بعيار ناري بالخطأ قبل أسابيع. pic.twitter.com/LySjwzdLd2
— Pal.Info.Center (@PalinfoAr) January 30, 2018
Durante a guerra entre Israel e o Hamas, ele foi à Turquia para tratamento de sua perna, a qual ele acabou perdendo, relatou a Fox News. O Hamas disse que foi ferido no conflito de 2014.
O Times of Israel informou que al-Alami deixou Damasco para Gaza em 2012, após o início da guerra civil síria. O líder do Hamas manifestou o seu apoio às forças que lutam contra o presidente sírio Bashar al-Assad.
De acordo com a Newsweek, ele também teria laços com o grupo militante libanês Hezbollah, um grupo patrocinado pelo Irã, bem como seu líder, Hassan Nasrallah. O Hezbollah também foi classificado como um grupo terrorista pelo Departamento de Estado dos EUA em 1997.
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