O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela entregou na segunda-feira (5) ao Supremo Tribunal de Justiça (TSJ) as atas eleitorais das eleições realizadas em 28 de julho.
De acordo com o presidente do CNE, Elvis Amoroso, as atas que comprovam a vitória de Maduro foram entregues ao TSJ do país: “Entregou-se tudo o que foi solicitado pelo máximo Tribunal da República”, afirmou Amoroso.
A oposição na Venezuela acusa o regime de Nicolás Maduro de fraudar as eleições. Eles alegam que houve manipulação de votos, intimidação de eleitores, uso indevido de recursos estatais, censura à redes de mídia contrárias à ditadura de Maduro entre outras críticas. Além disso, apontam para inconsistências nos resultados e irregularidades no processo de contagem dos votos.
O Centro Carter, uma organização de observação eleitoral americana, também relatou possíveis fraudes e discrepâncias, apoiando as alegações da oposição sobre a falta de transparência e a manipulação dos resultados.
Mais recentemente, Josep Borrell, alto representante da União Europeia também contestou o resultado das eleições na Venezuela e pediu que as atas de votação fossem entregues.
“Sem provas para sustentá-las, os resultados de 02/08 publicados pelo CNE não podem ser reconhecidos. A UE pede a publicação e verificação dos registros oficiais de votação. Respeitar a vontade do povo venezuelano continua sendo o único caminho para restaurar a democracia”.
A oposição, contudo, se adiantou ao regime Maduro, apresentando em um site chamado resultadosconvzla.com os alegados resultados eleitorais que provam que Maduro perdeu a eleição com apenas 30% dos votos e que o vencedor, com 67% dos votos, foi Edmundo González.