O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, foi “reeleito” para um terceiro mandato consecutivo no domingo (28), em uma eleição na qual obteve 51,20% dos votos (5.150.092 votos), segundo o primeiro boletim oficial, apresentado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
O presidente do órgão eleitoral, Elvis Amoroso, que anunciou os dados mais de seis horas após o fechamento dos centros, disse que o resultado apresentado corresponde à apuração de 80% dos votos emitidos nas eleições deste domingo, que contaram com uma afluência massiva de eleitores durante todo o dia.
Segundo o primeiro relatório, o candidato da oposição majoritária, Edmundo González Urrutia, obteve 4.445.978 votos, o que representa 44,2% dos sufrágios.
Amoroso assegurou que “nas próximas horas” o CNE publicará em sua página web o detalhamento dos resultados, mesa por mesa, e entregará aos 38 partidos políticos que competiram um relatório digital sobre o desfecho da contenda.
Antes de anunciar os resultados, o presidente do CNE assegurou que o sistema de transmissão de dados sofreu um ataque, que será investigado, razão pela qual – explicou – o anúncio do vencedor demorou mais do que o previsto, embora não tenha dado mais detalhes a respeito.
Durante a campanha, Maduro já havia confirmado que ganharia as eleições, considerando que é o “único” capaz de manter a paz e a prosperidade no país, que enfrenta uma crise social e econômica generalizada sob o regime socialista.
Caso o resultado questionável seja mantido, o ditador continuará à frente do país, governado pelo chavismo há 25 anos.