Clean Network reúne 53 países para excluir “provedores não confiáveis” da rede 5G

Dois terços do PIB mundial se reúnem para evitar espionagem e crimes cibernéticos em redes como Huawei e ZTE, que cumprem diretrizes do Partido Comunista Chinês

09/12/2020 17:47 Atualizado: 09/12/2020 17:47

Por Leonardo Trielli, Senso Incomum

No final de novembro, o Brasil se uniu oficialmente à aliança Clean Network (Rede Limpa) – iniciativa do Departamento de Estado Americano criado pelo governo Donald Trump para barrar o uso de tecnologias não confiáveis nas redes 5G dos países signatários.

Os países que ingressam neste grupo se comprometem a aplicar ‘padrões de confiança digital aceitos internacionalmente’ em suas operadoras de telecomunicações, aplicativos móveis e em suas lojas, bem como em sistemas baseados em nuvem, que armazenam informações pessoais confidenciais e propriedade intelectual de empresas, os cabos que conectam o país à Internet global e às rotas de telecomunicações.

Em outras palavras, os signatários não devem utilizar tecnologias de empresas como Huawei ou ZTE, companhias chinesas que – como toda empresa chinesa – possuem ligações estreitas com o PCCh.

Apesar disto, as discussões acerca do uso de tecnologia chinesa no Brasil continuam gerando faísca dentro do governo.

No início da semana, o vice-presidente Mourão fez declarações contrárias ao banimento da tecnologia da Huawei no país.

“Hoje, 40% da infraestrutura que nós temos de 3G e 4G é da Huawei. Se a Huawei não puder fornecer o equipamento, vai custar muito mais caro”, afirmou Mourão durante palestra na Associação Comercial de São Paulo. “Se desmantelar equipamentos, quem vai pagar a conta somos nós, consumidores”, completou.

O presidente Jair Bolsonaro, no entanto, deu um recado claro ao vice-presidente:

O vice-presidente também tomou alfinetada do ministro das Comunicações Fabio Faria

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