Cientistas britânicos que buscam vacina contra Covid-19 são alvos de hackers

16/07/2020 17:59 Atualizado: 16/07/2020 17:59

Por EFE

Londres, 16 jul – Hackers suspeitos de ligação com agências de inteligência da Rússia estão visando cientistas britânicos que trabalham no desenvolvimento de uma possível vacina contra a Covid-19, relatou nesta quinta-feira o Centro Nacional de Cibersegurança do Reino Unido (NCSC, na sigla em inglês).

Em uma declaração conjunta com a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês) e o Serviço de Segurança de Comunicações do Canadá (CSEC, na sigla em inglês), o NCSC afirmou que os ataques a cientistas nacionais fazem parte de uma campanha global do grupo conhecido como APT29, que busca usurpar os segredos da busca pela vacina.

“Condenamos esses ataques desprezíveis contra aqueles que fazem um trabalho vital para combater a pandemia do novo coronavírus”, disse Paul Chichester, diretor de operações do centro britânico.

Chichester acrescentou que o NCSC, juntamente com seus parceiros, “está comprometido em proteger os ativos mais críticos” e indicou que “a prioridade neste momento é proteger o setor de saúde”.

Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Dominic Raab, pediu em uma declaração divulgada pela Chancelaria, pelo fim desses ataques cibernéticos “irresponsáveis” por parte dos serviços secretos russos, “que estão coletando informações sobre o desenvolvimento e a investigação da vacina contra a Covid-19”.

“É completamente inaceitável que os serviços secretos russos tenham como alvo aqueles que estão trabalhando para combater a pandemia do coronavírus”, disse Raab.

O chanceler britânico acrescentou que “enquanto outros perseguem seus interesses egoístas através de comportamentos descuidados, o Reino Unido e seus aliados continuam o árduo trabalho para encontrar uma vacina e proteger a saúde global”.

“O Reino Unido continuará lutando contra quem pratica esse tipo de ataque cibernético e trabalha com nossos aliados para levar os responsáveis à Justiça”, concluiu o ministro.