O diretor da CIA, William Burns, reiterou neste domingo (26) que os EUA têm provas de que a China está considerando enviar armas à Rússia para a guerra na Ucrânia, mas notou que Pequim ainda não tomou uma posição final sobre esta ação.
Burns fez esses comentários em entrevista à emissora CBS transmitida neste domingo, uma semana após o secretário de Estado americano, Antony Blinken, ter acusado a China de considerar o envio de armas para a Rússia, na primeira acusação deste tipo.
A mensagem de Blinken bsucava dissuadir Pequim e mostrar que Washington estava ciente dos seus planos.
“O secretário Blinken e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pensam que é importante deixar bem claro que haverá consequências” se Pequim enviar assistência militar a Moscou, disse Burns.
Por enquanto, segundo Burns, os EUA têm informações que os tornam “muito confiantes” de que o regime chinês está considerando enviar armas para a Rússia, mas ainda não tomou uma decisão final.
Desde o início da guerra, a China tem mantido uma posição ambígua: tem evitado criticar a Rússia, considerada sua parceira estratégica, mas tem evitado prestar assistência militar porque um dos seus principais princípios de política externa é o respeito pela soberania e integridade territorial dos Estados.
Em 24 de fevereiro, um ano após o início da guerra, a China apresentou um documento de doze pontos explicando a sua “posição para uma solução política da crise na Ucrânia” e enfatizando a necessidade de diálogo.
A China negou que pretende enviar armas para a Rússia, mas se o fizesse, mudaria a posição que tem tentado manter no conflito até agora. De acordo com os EUA, a Rússia já adquiriu armas do Irã e da Coreia do Norte para a guerra na Ucrânia.
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