Por Agência EFE
A China realizou nesta quinta-feira um teste de interceptação de mísseis, em uma fase de trajetória média, segundo anunciou o Ministério da Defesa do país, através de comunicado.
O exercício foi considerado bem-sucedido e classificado como de “natureza defensiva”. Ainda de acordo com a pasta do governo chinês, não se tratou de uma atividade voltada contra qualquer país que seja considerado uma ameaça.
“O teste foi realizado dentro das fronteiras da China e alcançou o objetivo previsto”, indicou a nota emitida pelo Ministério da Defesa, que não divulgou os detalhes técnicos sobre o exercício.
O país asiático é o segundo do mundo que desenvolve esse tipo de tecnologia, depois dos Estados Unidos.
O teste aconteceu um dia após o governo americano, agora liderado por Joe Biden, aprovar a prorrogação por cinco anos do acordo de controle de armas nucleares New Start, uma vez que a Rússia tomou a mesma decisão.
Os meios de comunicação oficiais da China indicaram que se tratou de um teste técnico contra mísseis balísticos em fase de trajeto médio (ABM), que se trataria do quinto realizado no país, depois dos de 2010, 2013, 2014 e 2018.
Segundo Song Zhongping, especialista militar local, consultado pelo jornal oficial “Global Times”, os testes na fase de médio trajeto são a “fase mais vital na interceptação de mísseis balísticos” já que alcançam o artefato no momento de voo livre fora da atmosfera.
” A grande dificuldade da interceptação reside na alta trajetória”, afirmou a fonte.
O jornal independente “South China Morning Post”, por sua vez, consultou especialistas que apontam que o teste pode ser um aviso para a Índia, país que pretende colocar em uso neste ano o Agni-V, míssil com capacidade nuclear mais potente, com alcance superior aos 5 mil quilômetros.
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