A China pediu nesta sexta-feira (17) para que os Estados Unidos parem de vender armas para Taiwan e “não interfiram em seus assuntos internos”, depois que uma autoridade americana reafirmou o compromisso de seu país de “fazer o que for preciso para ajudar Taiwan a se defender” contra Pequim.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, disse em entrevista coletiva que “a questão de Taiwan é a questão mais importante e sensível nas relações sino-americanas” e que Washington deveria “refletir em suas ações concretas seu compromisso de não apoiar a independência” da ilha.
Ning também pediu aos EUA para que “apoiem a reunificação pacífica” de Taiwan com a China.
O coordenador de comunicações estratégicas do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Kurt Campbell, disse à imprensa taiwanesa nesta quinta-feira que a determinação de seu país “em manter a paz e a estabilidade” no Estreito de Taiwan “continua forte”.
Na última quarta-feira, durante uma reunião em San Francisco com o líder comunista, Xi Jinping, o presidente dos EUA, Joe Biden, reiterou que Washington “se opõe a qualquer mudança unilateral no ‘status quo’ por parte de qualquer um dos lados” no Estreito de Taiwan e pediu que “as diferenças entre os dois lados sejam resolvidas por meios pacíficos”.
A questão de Taiwan é um dos principais pontos de atrito entre Pequim e Washington, já que os EUA são o principal fornecedor de armas de Taipei e poderiam defender a ilha em caso de conflito.
Taiwan – para onde o exército nacionalista chinês se retirou após ser derrotado pelas tropas comunistas na guerra civil (1927-1949) – tem sido governado de forma autônoma desde o fim do conflito, embora a China reivindique a soberania sobre a ilha, a qual considera uma província rebelde para cuja “reunificação” não descartou o uso da força.
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