Por Nicole Hao, Epoch Times
Um estudo publicado recentemente pelo Congresso dos Estados Unidos afirma que China, Rússia, Irã e Coreia do Norte estão desenvolvendo armas poderosas que não matam diretamente as pessoas, mas que podem incapacitar a infraestrutura crítica de manutenção da vida e fazer com que populações inteiras morram com o passar do tempo.
O estudo, intitulado “Nuclear EMP Attack Scenarios and Combined-arms Cyber Warfare” (Cenários de um ataque nuclear EMP e guerra cibernética com armas combinadas), foi escrito em julho de 2017 pelo Dr. Peter Vincent Pry, especialista em segurança nacional e diretor do Fórum de Estratégia Nuclear dos Estados Unidos, uma junta consultiva do Congresso. O Departamento de Defesa dos Estados Unidos não autorizou a divulgação até julho de 2018.
O relatório foi publicado pela primeira vez na semana passada, de acordo com o Washington Free Beacon.
Armas nucleares podem gerar pulsos eletromagnéticos (EMP). Mas as bombas EMP, às vezes chamadas de armas de sexta geração, podem gerar poderosos raios gama e outras radiações que se propagam muito rapidamente. A radiação interage com os átomos de oxigênio e nitrogênio no ar para gerar um pulso eletromagnético extremamente forte. Esses pulsos podem danificar todos os equipamentos elétricos e eletrônicos dentro do raio de ação da bomba.
Enquanto isso, uma bomba super-EMP, também conhecida como EMP nuclear, causa uma explosão nuclear através de radiação eletromagnética, segundo o estudo.
Os efeitos de uma bomba EMP são nocivos em todo o seu campo. Por isso, especialistas dos Estados Unidos chamam de “guerra de apagões” um cenário em que essas armas são empregadas, de acordo com o estudo do Congresso.
Além disso, não é necessário precisão para lançar uma bomba EMP, pois a cobertura do campo é muito extensa. Uma bomba EMP detonada a 30 quilômetros cobre um raio de cerca de 600 quilômetros.
Quando o dispositivo detona a 400 quilômetros, o raio chega a 2.200 quilômetros, grande o suficiente para cobrir uma área do tamanho da cidade de Nova Iorque até São Francisco.
Depois que a bomba EMP é detonada, ela gera um efeito potencialmente catastrófico, danificando redes elétricas, sistemas de computador e sistemas eletrônicos, incluindo aqueles usados pelo exército, além das infraestruturas críticas, como redes de telecomunicações, oleodutos, bancos e sistemas de saneamento.
Com os sistemas eletrônicos desativados, os acidentes industriais induzidos pelo EMP podem causar explosões e incêndios generalizados. Quando as usinas químicas explodem, as nuvens tóxicas geradas poluem o ar, a água e a terra. Além disso, os reatores de energia nuclear ficam sem energia de emergência em questão de dias e então explodem, espalhando radioatividade em áreas próximas, prevê o estudo.
Sem ar respirável e água potável, as pessoas começam a morrer após um período de tempo.
“Em um ano, como alguns especialistas em EMP alertaram há mais de uma década, 9 em cada 10 americanos terão morrido de fome, doenças e colapso social”, diz o estudo. “Os Estados Unidos da América deixarão de existir.”
O estudo descreve cenários hipotéticos em que os agressores nucleares lançam bombas EMP: a Rússia ataca a Europa; China ataca Taiwan; Irã ataca o Oriente Médio; e a Coreia do Norte ataca o Japão. O estudo também apresenta cenários em que esses quatro países atacam a América do Norte.
Para atacar a América do Norte, esses países podem usar uma ampla gama de métodos para lançar uma bomba EMP: “um satélite, um míssil de longo alcance, um míssil de alcance médio ou curto lançado de um cargueiro, alguns tipos de mísseis de cruzador e mísseis anti-navio, um avião de caça ou algum tipo de avião de passageiros, até mesmo um balão meteorológico”, diz o estudo.
O estudo ressalta que as autoridades “totalitárias e autoritárias” estão construindo bombas super-EMP neste momento, mas não deram um prazo estimado para sua conclusão.