Por Agência EFE
A China informou nesta segunda-feira (07) que voltou a encontrar vestígios do novo coronavírus em embalagens de produtos congelados importados do Brasil e Uruguai, como relatado pelas autoridades sanitárias da cidade de Wuhan, no centro do país.
Os vestígios do coronavírus nas embalagens de carne suína brasileira e bovina uruguaia congeladas apareceram após testes de ácido nucléico realizados no último sábado naquela cidade, informou a comissão local de saúde em nota.
No caso da carne brasileira, o órgão indica que foram detectados vestígios do novo coronavírus em embalagens de um lote que entrou na cidade de Xangai no dia 28 de junho e posteriormente foi transportado para Wuhan no dia 27 de julho.
Quanto a carne bovina uruguaia, a exportadora é a Breeders and Packers Uruguay, cujo lote afetado chegou primeiro na Malásia e desde 2 de março estava armazenado na cidade chinesa de Tianjin.
Este é o primeiro caso de vestígios do vírus em embalagens de alimentos congelados importados do Uruguai a ser detectado na China.
As autoridades locais indicaram que foram tomadas medidas para suspender a venda da carne afetada e que centenas de transportadores testaram negativo para Covid-19.
Fontes da Embaixada do Uruguai na China explicaram à Agência Efe que se trata de um lote embalado em dezembro de 2019 que chegou ao gigante asiático meses antes do país sul-americano registrar seus primeiros casos de Covid-19, então o problema seria “de manejo dos depósitos e não da origem”.
“Está em jogo a imagem dos produtos uruguaios. É muito irresponsável tentar imputar responsabilidades ao Uruguai”, assinalaram as mesmas fontes e acrescentaram que “é muito provável que se trate de um caso de contaminação cruzada” e que tenha ocorrido em território chinês.
Nos últimos meses, o país asiático detectou vestígios do novo coronavírus em várias embalagens de produtos refrigerados, vários deles da América Latina, levando Pequim a tornar mais rígidas as regulamentações para importação de produtos congelados.
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