A China e a Rússia estão desenvolvendo mísseis, lasers e outras armas que em breve poderão danificar ou destruir satélites dos Estados Unidos em baixa órbita terrestre, de acordo com o relatório do Estado-Maior Conjunto do Pentágono.
O relatório foi elaborado pela diretoria de inteligência do Estado-Maior Conjunto dos EUA, e funcionários familiarizados com o documento apresentaram alguns pontos ao Washington Free Beacon.
A China e a Rússia podem representar uma ameaça para os satélites de baixa órbita nos próximos anos e essa capacidade pode estar em vigor até 2020, disseram as autoridades.
Um sentimento semelhante foi expresso por Daniel Coats, diretor de inteligência nacional, em seu testemunho ao Senado em 23 de maio.
“Nós avaliamos que a Rússia e a China percebem a necessidade de compensar qualquer vantagem militar dos EUA derivada de sistemas espaciais militares, civis ou comerciais e estão cada vez mais considerando atacar sistemas de satélites como parte de sua futura doutrina de guerra”, disse ele. “Ambos continuarão a buscar uma gama completa de armas antissatélite (ASAT) como meio de reduzir a eficácia militar dos EUA.”
Enquanto a Rússia e a China desenvolvem armas antissatélites, “pública e diplomaticamente” eles estão promovendo “a não militarização do espaço e ‘nenhuma instalação inicial’ de armas no espaço”, disse Coats.
Tanto a Rússia como a China estão desenvolvendo mísseis capazes de atingir satélites de baixa órbita.
“Os legisladores russos promovem o desenvolvimento de mísseis ASAT para atingir satélites em órbita terrestre e a Rússia está testando tal arma para uma eventual implantação”, disse Coats. “Um funcionário russo também reconheceu o desenvolvimento de um míssil lançado por aeronaves capaz de destruir satélites em baixa órbita terrestre.”
A China já derrubou um dos seus satélites uma década atrás, mas agora “seus mísseis ASAT lançados do solo podem estar se aproximando do serviço operacional dentro do ELP [Exército da Libertação Popular]”, disse ele.
Ambos os países também estão avançando tecnologias para cegar ou danificar os sensores ópticos dos satélites com armas de energia direcionadas, como lasers. “A Rússia está desenvolvendo uma arma laser aérea para uso contra satélites dos EUA”, disse Coats.
Ambos os países também estão desenvolvendo tecnologias que podem ser usadas para danificar ou destruir satélites por meio de outros satélites.
“Por exemplo, a pesquisa de tecnologia espacial robotizada para manutenção de satélite e remoção de detritos pode ser usada para danificar satélites”, disse Coats. “Essas missões representarão um desafio particular no futuro, complicando a capacidade dos EUA de caracterizar o ambiente espacial, decifrar a intenção da atividade espacial e fornecer alerta antecipado de ameaça.”
Leia também:
• Democracias começam a reagir à infiltração e subversão do regime chinês
• Regime chinês promove Nova Ordem Mundial baseada no ‘Modelo da China’
• A corrida armamentista do regime chinês para alcançar supremacia naval
• Como ciberpirataria e espionagem sustentam crescimento da China
• Cortar abastecimento de petróleo para Coreia do Norte seria visto como ato de guerra, diz Rússia
• China e URSS ajudaram Coreia do Norte a desenvolver seu programa de armas nucleares
• Rússia tem drone nuclear submarino capaz de carregar ogiva de 100 megatons
• Estratégia de segurança de Trump pode restaurar poder global dos EUA, diz analista da China