China cada vez mais próxima da Rússia em debates na ONU sobre a Ucrânia

Por agência efe e renato pernambucano
13/01/2023 21:55 Atualizado: 13/01/2023 21:55

No primeiro debate do ano no Conselho de Segurança dedicado à Ucrânia, a China demonstrou que sua posição coincide cada vez mais com a da Rússia, apesar de nesta sexta-feira o embaixador chinês na ONU, Zhang Jung, a ter definido como ” objetiva e imparcial”.

No debate de hoje, cuja mera realização foi posta em questão pelo embaixador russo, a divisão entre o posicionamento da Rússia e os países ocidentais ficou evidenciada, impossibilitando qualquer conciliação.

A China, que desde o início da invasão da Ucrânia em fevereiro do ano passado tentou manter uma relativa equidistância, apresentou hoje argumentos que coincidem, com ligeiras variações, com os do regime de Moscou.

O embaixador Jung começou afirmando que a guerra é “o resultado de desequilíbrios de segurança de longa data na Europa” e que esses desequilíbrios precisam de “uma solução política”.

No entanto, segundo alertou, nem a política de sanções nem o fornecimento de armas aos combatentes seriam um bom caminho, pois “vão tornar as coisas mais difíceis”, palavras que implicam em uma crítica velada às políticas escolhidas pelos países europeus e pelos Estados Unidos para apoiar a Ucrânia.

Jung acrescentou que a trégua de 36 horas decretada pelo líder russo, Vladimir Putin, durante o último Natal ortodoxo – categoricamente rejeitada pela Ucrânia – era o caminho certo a se seguir e defendeu medidas semelhantes, se possível por mais tempo.

O último argumento que o embaixador expressou para demonstrar seu apoio a Moscou foi pedir que, dentro da aplicação dos Acordos do Mar Negro, sejam retirados “os obstáculos às exportações russas” de amônia e fertilizantes, o que segundo a Rússia está demonstrando que esses acordos estão sendo implementadas parcialmente apenas em favor da Ucrânia.

 

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