Por Reuters
PEQUIM – O Ministério da Defesa da China alertou, em 24 de julho, que está pronto para a guerra se houver um movimento em direção à independência de Taiwan e denunciou as vendas de armas dos Estados Unidos para a ilha autogovernada.
Este mês, o Pentágono disse que o Departamento de Estado dos Estados Unidos aprovou a venda de armas solicitadas por Taiwan, incluindo tanques e mísseis Stinger, estimados em 2,2 bilhões de dólares.
A China respondeu dizendo que imporia sanções às empresas dos Estados Unidos envolvidas em qualquer acordo.
O porta-voz do Ministério da Defesa, Wu Qian, disse em uma coletiva de imprensa sobre um documento de defesa, o primeiro em vários anos a descrever as preocupações estratégicas dos militares, que a China estaria se esforçando muito para se reunificar com Taiwan.
“No entanto, devemos enfatizar que buscar a independência de Taiwan é um beco sem saída”, disse Wu.
“Se houver pessoas que ousam tentar separar Taiwan do país, as forças armadas da China estarão prontas para entrar em guerra para salvaguardar firmemente a soberania nacional, a unidade e a integridade territorial”, disse ele.
Os Estados Unidos são o principal fornecedor de armas para Taiwan, que a China considera uma província rebelde. Pequim nunca renunciou ao uso da força para colocar a ilha sob seu controle.
Os Estados Unidos não têm vínculos formais com a Taiwan democrática, mas estão obrigados por lei a ajudar a fornecer os meios para o país possa se defender.
Os gastos de defesa da China manteriam um crescimento moderado e estável, disse o ministério chinês.
“Ainda há uma grande lacuna entre os gastos de defesa da China e os requisitos para salvaguardar a soberania nacional, a segurança e os interesses de desenvolvimento”, afirmou.
O Conselho de Assuntos Continentais de Taiwan disse mais tarde em um comunicado que o “comportamento provocativo de Pequim … violou seriamente o princípio da paz nas leis e relações internacionais, desafiando a segurança e a ordem regional”.
“Pedimos às autoridades de Pequim que renunciem a atos irracionais e maliciosos, como o uso da força, e que melhorem as relações através do Estreito e lidem racionalmente com questões como a de Hong Kong, para que ela possa ser um membro regional responsável”, afirmou.
De Michael Martina