Por EFE
Santiago, 15 fev – Milhares de pessoas participaram neste sábado de uma manifestação pelas ruas de uma região nobre de Santiago, capital do Chile, para mostrar sua posição contra a elaboração de uma nova Constituição e incentivar a opção de rejeição do processo constitucional no próximo plebiscito marcado para o final de abril.
Aos gritos de “Rejeição, rejeição. Não queremos miséria. Não seremos Cuba nem Venezuela”, chilenos reunidos no bairro de Las Condes, no leste da capital, mostraram seu desacordo com a ideia da criação de uma nova Carta Magna.
A atual Constituição chilena, herdada da ditadura de Augusto Pinochet, está sendo questionada como a origem da desigualdade no país.
Os protestos sociais que ocorrem no Chile desde outubro do ano passado contra o modelo socioeconômico chileno e o governo de Sebastián Piñera, e que já deixaram pelo menos 30 mortos, têm como alvo principal a reformulação da Constituição do país.
O poder legislativo chegou a um acordo entre o governo e a oposição para estabelecer um processo constitucional no qual os cidadãos decidem sobre o futuro da Constituição.
No próximo dia 26 de abril, os chilenos irão às urnas para decidir se aprovam a criação de uma nova Carta Magna ou mantêm a atual.