Por EFE
O governo do Chile manifestou nesta terça-feira apoio à China em relação ao status de Taiwan.
A ministra das Relações Exteriores do Chile, Antonia Urrejola, conversou por telefone com o conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, e transmitiu “o compromisso permanente do Chile com o princípio de ‘Uma China’ expressado desde o início da relação bilateral, em 1970”.
“As duas autoridades concordaram sobre a importância do diálogo multilateral, da defesa do direito internacional e dos princípios da Carta das Nações Unidas”, disse o Ministério das Relações Exteriores do Chile em comunicado.
Após a viagem da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan, no início deste mês, a China iniciou manobras militares em torno da ilha e respondeu com sanções comerciais a alguns produtos taiwaneses e à própria veterana política democrata.
A China reivindica a soberania sobre a ilha e considera Taiwan uma província rebelde desde que o partido nacionalista Kuomintang lá se estabeleceu em 1949, após perder a guerra civil contra os comunistas no território continental.
O gigante asiático é um dos principais parceiros comerciais do Chile, com o qual estabeleceu relações diplomáticas em 1970 e assinou um acordo de livre comércio em 2005.
Em 2019, o volume do comércio bilateral atingiu US$ 41 bilhões, 5,8 vezes mais do que antes da assinatura do acordo, segundo dados oficiais.
Durante a conversa telefônica, Urrejola e o ministro chinês também “concordaram sobre a importância de diversificar a relação bilateral baseada na cooperação em várias áreas, como o desenvolvimento de vacinas, produção de medicamentos, geração de energia limpa, cidades inteligentes e comunicação 5G, entre outras”, diz o comunicado.
O ministro chinês reiterou o convite ao presidente chileno, Gabriel Boric, para visitar o país asiático em 2023, o que “mostra a convergência de interesses mútuos”, acrescenta o texto.
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