O governo do Chile enviou nesta sexta-feira (26) uma nota de protesto à Venezuela por ter impedido a entrada no país dos senadores Felipe Kast e José Manuel Rojo Edwards, convidados pela oposição venezuelana como observadores para as eleições de domingo, nas quais o ditador Nicolás Maduro pretende continuar no poder.
“O Ministério das Relações Exteriores convocou o embaixador da Venezuela no Chile, Arévalo Méndez, para entregar uma nota de protesto porque os senadores José Manuel Rojo Edwards e Felipe Kast não foram autorizados a entrar no país”, informou a pasta em breve comunicado.
Kast, do partido Evópoli, relatou em suas redes sociais que eles seriam deportados porque não atendiam “ao perfil ou às condições para entrar no país”.
“É completamente arbitrário. Isso mostra que todas as palavras de alguns que dizem que é uma democracia são simplesmente uma grande mentira”, denunciou Kast em um vídeo na rede social X.
Edwards, do Partido Social Cristão, afirmou que “Maduro trouxe miséria e fome” e “deve saber que toda a América Latina defenderá a democracia do bravo povo da Venezuela”.
A Presidência do Senado chileno disse que os eventos são “antidemocráticos” e “denotam a maior seriedade” porque “os senadores chilenos têm todas as condições normalmente exigidas pela República Bolivariana da Venezuela para entrar em seu território”.
A deportação dos senadores chilenos ocorre horas após a Venezuela ter impedido a entrada de uma delegação de parlamentares do Partido Popular (PP) da Espanha e também de um grupo de ex-presidentes latino-americanos em um avião que não pôde decolar do Panamá até que os ex-líderes saíssem da aeronave.