O presidente do Chile, Gabriel Boric, disse nesta terça-feira que em 2022 foram destruídas 28% mais armas do que no ano anterior e reafirmou sua política de “tolerância zero” com as armas.
“Este ano aumentamos em 28% as armas que vamos destruir em relação a 2021, o que significa quase 3.900 armas a mais”, afirmou.
Boric, partidário da proibição total de armas de fogo em mãos de civis, destruiu ao longo do ano 17.590 armas que foram apreendidas em diferentes procedimentos policiais ou entregues por seus donos.
O presidente, no cargo desde março passado, afirmou que entregar armas particulares às autoridades “é um exemplo de responsabilidade cívica, que é bom para a sociedade”.
“Imagine se cada uma dessas 17.590 armas tivesse ferido uma pessoa, quando têm capacidade para ferir muitas mais. Eles não sabem como usá-los”, disse ele.
Boric foi criticado durante a campanha eleitoral e no início do mandato por não dar muita atenção à crise de insegurança, o ex-líder estudantil mudou de tom nos últimos tempos.
Em setembro passado, anunciou um aumento de 4,4% em relação ao ano passado em termos de segurança em seu primeiro projeto de contas gerais.
“Desde que tomamos posse como Governo, mobilizamos toda a capacidade do Estado para reduzir o poder de fogo das quadrilhas criminosas e melhorar a segurança do nosso país, que sabemos ser uma prioridade para os cidadãos”, concluiu Boric.
No entanto, as últimas pesquisas de opinião pública revelaram um aumento preocupante na percepção de insegurança dos cidadãos.
A Fundação Paz Ciudadana publicou em outubro que o medo de ser vítima de um crime cresceu 7,6%, chegando a 28% em todo o país, a maior cifra em 22 anos.
Lula e desarmamento no Brasil
A eleição de Gabriel Boric foi apoiada por Lula da Silva (vídeo), e assim como o presidente chileno Lula declarou inúmeras vezes seu posicionamento contrário à posse de armas por civis.
Ainda neste terça-feira (27) Flávio Dino, indicado por Lula para ser Ministro da Justiça no novo governo, afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) será acionado pela equipe de transição de Lula para que suspenda o porte de armas no Distrito Federal entre amanhã (28) até dia 2 ou 3 de janeiro. No dia 1º de janeiro deverá ocorrer a posse de Lula da Silva.
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