O chefe do grupo de mercenários Wagner, Yevgeny Prigozhin, defendeu neste sábado (15) que sejam declarados cumpridos os objetivos da “operação militar especial” da Rússia na Ucrânia e que se inicie os preparativos para uma batalha decisiva contra o Exército ucraniano.
“Para as autoridades (russas) e a sociedade em geral, é necessário pôr um ponto final na operação militar especial”, escreveu Prigozhin em um artigo publicado no Telegram.
O ideal, segundo ressaltou, seria “anunciar que a Rússia alcançou os resultados que buscava e, de certa forma, nós conseguimos”.
“Em teoria, a Rússia já pôs um ponto final aniquilando grande parte da população masculina ativa da Ucrânia e intimidando outra parte, que fugiu para a Europa”, explicou o chefe do Wagner.
Além disso, enfatizou que a Rússia conseguiu tomar o Mar de Azov e grande parte do Mar Negro, se apoderou de um “pedaço suculento do território ucraniano” e criou um corredor terrestre para a península da Crimeia, anexada por Moscou em 2014.
A Rússia, segundo frisou Prigozhin, deve “fortificar-se e agarrar-se com unhas e dentes aos territórios que já possui” e não chegar a qualquer tipo de acordo com a Ucrânia.
“E se sairmos mal dessa luta, nada acontece. As regiões fortificadas da Rússia não permitirão que eles entrem no território do país”, acrescentou.
Ao resumir a situação, o chefe dos mercenários observou que os ucranianos estão prontos para uma ofensiva e os russos estão prontos para repeli-la.
“O melhor cenário para a cura da Rússia, para que ela se uma e se torne um Estado mais poderoso, é uma ofensiva das Forças Armadas da Ucrânia, que impossibilitaria quaisquer concessões e negociações”, considerou.
Dessa forma, escreveu Prigozhin, “ou as Forças Armadas da Ucrânia serão esmagadas em uma luta franca, ou a Rússia curará suas feridas, acumulará sua força e novamente derrotará seus adversários”.
Entre para nosso canal do Telegram
Assista também: