O chefe do grupo de mercenários Wagner, Yevgeny Prigozhin, deu boas-vindas, nesta quarta-feira (19), aos que se deslocaram para Bielorrússia e garantiu que os paramilitares irão para a África.
“Foi tomada a decisão de que ficaremos aqui em Bielorrússia durante algum tempo”, disse uma voz atribuída a Prigozhin em vídeo divulgado no canal do Telegram Razgruzka Wagnera, que é próximo do grupo mercenário.
Durante esse tempo, acrescentou Prigozhin, que também distribuiu o vídeo no seu próprio canal do Telegram, o Grupo Wagner transformará o Exército bielorrusso no “segundo do mundo”.
“E, se for necessário e preciso, iremos em sua defesa”, acrescentou. Depois disso, o grupo de mercenários aumentará o seu nível de preparação e embarcará em um “novo caminho”, rumo à África, disse.
Ao mesmo tempo, não descartou a possibilidade de, em determinado momento, o Grupo Wagner retornar à Ucrânia, onde a guerra continua.
“Poderemos retornar à campanha militar especial no momento em que tivermos a certeza de que seremos obrigados a envergonhar a nós mesmos e a nossa experiência”, comentou.
De acordo com os últimos dados da equipe de investigação bielorrussa Gayun, mais de 2.500 membros do Grupo Wagner já se deslocaram para Bielorrússia.
A chegada dos mercenários russos ao país vizinho ocorre após um acordo que pôs fim à sua rebelião armada na Rússia em 24 de junho, mediado pelo presidente bielorrusso, Alexandr Lukashenko.
Nos termos do pacto, o presidente russo, Vladimir Putin, deu aos mercenários do Grupo Wagner três saídas: voltar para casa, ir para Bielorrússia ou assinar um contrato com o Ministério da Defesa russo ou outras agências de segurança para se subordinarem ao ministro da Defesa, Sergey Shoigu, e ao chefe do Estado-Maior, general Valery Gerasimov.
Como parte do acordo, o Kremlin prometeu aos mercenários e ao seu chefe que não seriam processados criminalmente.
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