O chefe do grupo de mercenários Wagner, Yevgeny Prigozhin, reiterou nesta quarta-feira a recusa de seus combatentes em assinar um contrato com o Ministério da Defesa russo depois que o líder da Rússia, Vladimir Putin, insistiu na necessidade de dar cobertura legal aos benefícios sociais para todos aqueles que lutam na Ucrânia.
“Quando a pátria estava com problemas, quando a ajuda de Wagner era necessária e todos nós saímos para defendê-la, o presidente nos prometeu todas as garantias sociais”, disse ele em seu canal no Telegram.
“Eu tenho 20 mil mortos, eles também deveriam assinar um contrato com o Ministério da Defesa?”, se questionou Prigozhin, sarcasticamente.
Ele destacou que, quando os mercenários começaram a participar na guerra, “ninguém disse que seríamos obrigados a assinar acordos com o Ministério da Defesa”.
Prigozhin, que já havia dito no fim de semana que não assinaria acordo para se subordinar à Defesa, reiterou que “nenhum dos combatentes de Wagner está pronto para enveredar novamente pelo caminho da vergonha. E por isso ninguém vai assinar contratos”.
Ele enfatizou que, em termos de garantias sociais, a Câmara dos Deputados e Putin “encontrarão uma solução de compromisso” para o grupo.
“Pelo que sei, o Ministério da Defesa está fechando contratos com todos que desejam continuar servindo na zona de operações militares especiais. Esta é a única forma de assegurar as garantias sociais”, disse Putin, ontem, durante uma reunião com correspondentes e blogueiros militares.
O grupo Wagner não é legal na Rússia, mas o Kremlin permite que ele opere fora de seu território.
O presidente do Comitê de Defesa da Câmara Baixa, Andrey Kartapolov, afirmou ontem que estão sendo preparadas propostas para determinar o status legal da empresa militar privada.
Ele explicou que “não estamos falando de legalização, estamos falando de determinar sua forma jurídica de acordo com nossa legislação”.
Entre para nosso canal do Telegram
Assista também: