O chefe do Comando Central dos Estados Unidos (CENTCOM), general Michael Kurilla, chegou nesta segunda-feira (05) a Israel, que se prepara para a possibilidade de um ataque iminente do Irã e aliados, segundo informaram as Forças de Defesa de Israel (FDI).
Kurilla e o chefe do Estado-Maior das FDI, Herzi Halevi, “realizaram uma avaliação conjunta da situação em questões estratégicas e de segurança, bem como preparações conjuntas na região como parte da resposta às ameaças no Oriente Médio”, detalhou um comunicado militar israelense.
“As FDI continuarão a aprofundar seu relacionamento com as Forças Armadas dos EUA com base no compromisso de fortalecer a estabilidade regional”, acrescentou.
O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, recebeu Kurilla em uma base militar em Tel Aviv e comentou que sua chegada “é uma tradução direta do apoio dos EUA a Israel”.
“Eles discutiram formas de expandir a coalizão internacional que confronta as atividades agressivas do Irã e aliados contra Israel e a desestabilização da região do Oriente Médio”, afirmou um comunicado da Defesa israelense.
Gallant agradeceu aos EUA, o principal parceiro e fornecedor de armas de Israel, por “tomar medidas para fortalecer ainda mais as capacidades de defesa israelenses”.
Na viagem pela região, Kurilla deve visitar ainda a Jordânia e outros países do Golfo, de acordo com a imprensa local.
A visita ocorre no momento em que Israel se prepara para um ataque iminente do Irã e aliados, que prometeram vingar as mortes recentes do líder político do grupo terrorista Hamas, Ismail Haniyeh, e do principal líder militar do grupo terrorista libanês Hezbollah, Fuad Shukr.
A morte do líder do Hamas ocorreu em um ataque em Teerã e o segundo ocorreu em um ataque nos arredores de Beirute reivindicado por Israel.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, conversou com seus pares dos países do Grupo dos Sete (G7) para alertá-los de que um ataque do Irã e do Hezbollah poderia ocorrer dentro de 24 a 48 horas, de acordo com o portal americano Axios.
Segundo o site, o principal diplomata dos EUA enfatizou aos aliados sua crença de que tanto o Irã quanto o Hezbollah retaliarão as mortes de Shukr e Haniyeh.
O Irã, um inimigo ferrenho de Israel, mantém uma aliança informal com os grupos terroristas do Hamas, que controla a Faixa de Gaza, Jihad Islâmica na Cisjordânia, Hezbollah no Líbano, os rebeldes houthis no Iêmen, a Resistência Islâmica no Iraque e outros grupos na Síria.