Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.
O chefe das Forças de Defesa Nuclear, Biológica e Química da Rússia, Tenente-General Igor Kirillov, foi morto em 17 de dezembro por uma bomba plantada perto de um bloco de apartamentos em Moscou.
O Comitê Investigativo da Rússia disse que o assistente de Kirillov também morreu quando um dispositivo explosivo, escondido em uma scooter estacionada perto do bloco de apartamentos, detonou.
A porta-voz do comitê, Svetlana Petrenko, disse em um comunicado: “Investigadores, especialistas forenses e serviços operacionais estão trabalhando na cena. Atividades investigativas e de busca estão sendo realizadas para estabelecer todas as circunstâncias em torno deste crime.”
A agência de notícias estatal russa TASS disse que a bomba explodiu na Ryazansky Prospekt de Moscou, uma estrada que fica a quatro milhas do Kremlin.
Em 16 de dezembro, Kirillov, 54, foi sentenciado à revelia por um tribunal ucraniano pelo suposto uso de armas químicas proibidas pela Rússia durante o conflito com a Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022.
O Serviço de Segurança da Ucrânia, o SBU, disse que registrou mais de 4.800 usos de armas químicas no campo de batalha desde 2022.A maioria desses usos envolveu granadas de combate K-51.
O ex-presidente russo Dmitry Medvedev, que é vice-chefe do conselho de segurança do país, disse que o ataque foi uma tentativa da Ucrânia de distrair de seus fracassos no campo de batalha, e prometeu que a “liderança político-militar sênior de Kiev enfrentará uma retribuição inevitável”.
Durante a 105ª Sessão do Conselho Executivo da Organização para a Proibição de Armas Químicas em março, a delegação ucraniana disse: “O chefe russo das tropas terroristas CBRN russas, I. Kirillov, alegou que a Ucrânia está usando substâncias proibidas pela Convenção na linha de frente. … Na verdade, as palavras de Kirillov não têm nada a ver com a realidade. Seu propósito é produzir um ambiente de informação que apoie uma futura operação de bandeira falsa de armas químicas russas no território da Ucrânia”.
A declaração continuou acusando os russos de usar produtos químicos tóxicos contra as tropas ucranianas.
“Registramos 346 incidentes individuais com produtos químicos tóxicos em 2024 até agora — o equivalente a 6 violações russas do CWC por dia”, dizia. “O uso de armas químicas é visto pelo inimigo como um meio de obter vantagens táticas e desmoralizar as Forças de Defesa Ucranianas.”
Em maio, o Departamento de Estado dos EUA disse ter registrado o uso de cloropicrina — uma arma química que foi inventada durante a Primeira Guerra Mundial — contra tropas ucranianas.
A TASS, em seu canal do Telegram, referiu-se ao SBU apresentando acusações contra Kirilov, com a Ucrânia alegando que ele “era responsável pelo uso generalizado de armas químicas proibidas na Ucrânia”.
A TASS também relatou que agentes de segurança estavam revisando imagens de CFTV de prédios residenciais próximos, e a área havia sido isolada e altos funcionários do Ministério do Interior russo haviam chegado ao local.
Kirillov, que foi nomeado chefe das forças de defesa nuclear da Rússia em abril de 2017, havia sido sancionado pela Grã-Bretanha e Canadá por seu papel no conflito da Ucrânia.
Desde a primeira invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022, a Rússia tomou grandes partes da região de Donbas e do sul da Ucrânia, além da Crimeia, que anexou em 2014.
No início deste mês, Sergei Yevsyukov, 49, chefe da Prisão de Olenivka, operada pela Rússia, foi morto na cidade russa de Donetsk, Ucrânia, quando uma bomba explodiu sob seu carro.
Em julho de 2022, dezenas de prisioneiros de guerra foram mortos por um ataque de míssil na Prisão de Olenivka que a Rússia atribuiu à Ucrânia. Os ucranianos disseram que a Rússia mirou a prisão para destruir evidências de crimes de guerra que foram cometidos lá.
Em dezembro de 2023, Illya Kyva, um ex-parlamentar ucraniano pró-Rússia na Ucrânia, foi assassinado perto de Moscou.
Esta é uma história em desenvolvimento e será atualizada conforme mais informações surgirem.
A Associated Press e a Reuters contribuíram para esta reportagem.
