Cerca de 25% do território da Ucrânia está contaminado com minas terrestres e artefatos não detonados e as áreas que foram libertadas pelo Exército de Kiev da ocupação russa são aquelas que foram mais fortemente afetadas por este tipo de armamento.
“Atualmente, um quarto do território da Ucrânia está repleto de objetos explosivos; só será possível falar sobre a desminagem completa após o fim da guerra”, disse o ministro do Interior ucraniano, Ihor Klymenko, em entrevista à agência de notícias local “Interfax”.
O ministro frisou que é impossível prever quanto tempo a Ucrânia levará para limpar o seu território de artefatos explosivos enquanto durar a guerra iniciada pela Rússia depois de invadir o país há mais de dois anos.
“Vamos limpar um local, determinaremos se é seguro e então o bombardeio começará novamente. E começaremos tudo de novo. É por isso que existem muitas condições. Além disso, ainda encontramos projéteis da Segunda Guerra Mundial no terreno”, afirmou Klymenko.
“As regiões desocupadas (pelo Exército ucraniano) são as mais densamente minadas. Na realidade, as medidas de estabilização levadas a cabo nessas áreas começaram com a remoção de minas”, acrescentou.
O ministro detalhou ainda como está sendo feito o processo de desminagem do país que, segundo disse, está dividido em três fases que denominou como de combate, operacional e humanitária.
“Na fase de combate, os militares limpam o território, avançando ao longo da frente. No nível operacional, as equipes policiais e de resgate atuam para realizar medidas de estabilização nos territórios desocupados”, destacou.
A última etapa, a desminagem humanitária, já envolve uma limpeza profunda e completa de áreas terrestres e aquáticas de objetos explosivos.
Ao mesmo tempo, ressaltou que atualmente é importante garantir condições de vida pelo menos minimamente seguras à população dos territórios desocupados.
“Na escala de todo o país, só será possível falar de desminagem humanitária completa após o fim da guerra. Agora estamos principalmente na primeira e na segunda fase”, resumiu Klymenko.