Por Enrico Trigoso
Uma greve nacional contra mandatos de vacinas acontecerá de 8 a 11 de novembro, de acordo com a principal organizadora da greve, Leigh Dundas, advogada de direitos humanos e oradora pública.
O evento terá início em Los Angeles na segunda-feira. Os locais das marchas ainda não foram divulgados.
As greves envolvem pessoas de vários setores, como transporte rodoviário e telecomunicações. Trabalhadores de transporte aéreo e ferroviário não têm permissão federal para entrar em greve devido a uma lei aprovada em 1926 chamada Lei do Trabalho Ferroviário, mas alguns planejam protestar anonimamente.
“O Golden Gate Bridge Rally será um momento épico e sem precedentes. Isso marcará – na noite do Dia dos Veteranos – uma greve nacional de 4 dias, por trabalhadores comuns em todos os lugares, de colarinho azul a colarinho branco, preto, branco, amarelo, vermelho, cada fé, cada crença, que são exclusivamente unidos, apesar de suas diferenças, em uma verdade comum: que os mandatos de vacina não têm lugar em uma sociedade verdadeiramente livre”, afirma Dundas ao Epoch Times.
“Todos os grupos: antivacinas, BLM, gays, heterossexuais, judeus, muçulmanos, nativo americanos, asiáticos, latinos, cristãos, ateus – todos os grupos – estão se reunindo neste momento histórico – para alardear não apenas o nosso governo, mas, de fato, aos olhos atentos do mundo, os mandatos de vacinas não serão mais tolerados. Neste país, NÓS somos o governo, porque nossos pais fundadores conheciam esta verdade: uma nação verdadeiramente livre é uma nação do povo, pelo povo e para o povo. Somos os líderes que esperávamos. E hoje marca o dia em que retiramos os mandatos de vacinas como um conceito que não pode viver em uma sociedade livre, e que somos, na verdade, simplesmente isso: uma sociedade livre.”
O Epoch Times conversou com alguns desses trabalhadores frustrados que participarão da greve para ver porque estão fazendo isso.
‘Eu escolho a imunidade de Deus’
Kristen Grace é engenheira de sistemas da Raytheon há 18 anos.
“Vou perder meu ganha-pão no dia 8 de dezembro, porque não vou permitir que uma terapia genética experimental seja injetada em minha corrente sanguínea. Eu me recuperei da COVID e trabalho em casa, mas o governo reivindica autoridade sobre o meu corpo e minhas escolhas médicas. Eu escolho a imunidade natural (de Deus) ao invés do governo”, afirma Grace.
Brandon Childs serve há 7 anos na Força Aérea, 5 anos em trabalho integral e 2 anos na Guarda Aérea Nacional do Arizona (ANG).
“Abandonei o cargo da ANG em tempo integral devido ao mandato e foi-me prometido, pelo meu trabalho civil, que nunca requisitariam a vacinação.”
“No entanto, como um funcionário do exército, isso mudou no mês passado. Eu perdi 3 membros da família no ano passado, sendo um deles meu pai, há uma semana. Coloquei REs [isenções religiosas] em ambos os cargos e me afirmaram que as chances de ser aceito são extremamente baixas e enfrentarei o que parece ser uma dispensa geral ou desonrosa (com ficha militar limpa) de um e demissão do outro. Afetando os benefícios para os quais trabalhei e sangrei pelo país que amo.”
Outro engenheiro de sistemas que trabalha para a Raytheon há 25 anos afirmou ao Epoch Times: “Eu enviei uma Notificação de Acomodação Religiosa. Se não for aprovada, serei demitido no dia 8 de dezembro porque não vou violar minhas crenças ou abrir mão de meus direitos constitucionais por um emprego. Sinceramente, este é o ano mais estressante da minha vida profissional. Perdi muitas noites de sono. Mesmo se aprovado, provavelmente continuarei procurando um novo emprego”.
“Sinto-me traído por uma empresa a quem dei os meus melhores anos. Eles poderiam ter nos defendido, mas colocaram os lucros e a agenda de ‘consciência’ em primeiro lugar. Estou cercado de pessoas totalmente vacinadas com novos e misteriosos problemas de saúde, muitos contraíram COVID, mas sou tratado como alguém impuro, menor. Ciência, lógica e bom senso foram jogados na lixeira da COVID. Embora ame meu país, tenho vergonha da minha empresa e do meu governo. A única boa notícia é que mesmo os totalmente vacinados agora percebem que a promessa de normalidade era mentira. Agora eles estão mais uma vez mascarados e recebem ordens para o reforço obrigatório. E agora eles também estão se levantando”, afirmou o engenheiro.
Privacidade de informações de saúde
Christopher Burns, advogado que trabalha em Portsmouth, New Hampshire, afirma: “Pela primeira vez na história do país, o presidente e todo um partido político parecem achar que é constitucionalmente apropriado ditar a um empregador privado como tratar seus empregados privados, requerendo que o empregador exija informações de saúde do funcionário, as quais são protegidas de forma privada”.
Jet, um funcionário da Honeywell, se sente desapontado e deprimido com o fato de sua empresa exigir a vacina, que ele está determinado a não tomar devido à suas crenças religiosas.
“Tenho tantos sentimentos sobre esta situação que me levou a um estado de depressão. Nunca em um milhão de anos [tinha] imaginado que algo assim aconteceria nos Estados Unidos. É assim que a tirania se parece e não vai parar por aqui. Igualmente decepcionante é ver que a Honeywell, junto com o resto das principais corporações dos EUA, decidiu concordar e permitir a tirania. Não estou tomando a vacina. Eu solicitei uma isenção religiosa. Se não for concedida, que seja. Por causa desse mandato, agora seremos tratados como cidadãos de segunda classe. Caso as pessoas tenham esquecido, esta é a definição de tirania: tratamento cruel e injusto por pessoas com poder sobre outras.”
Um consultor da Thomson Reuters que nem mesmo trabalha fisicamente na empresa está perplexo com o motivo pelo qual ele deveria se vacinar.
“Trabalho [para a Reuters] há 13 anos e pelo menos 3 consultores estão 100% remotos, a 2.000 milhas de distância do escritório! Eles afirmam que porque a empresa tem contratos com o governo, isso significa que eu também tenho que cumprir o mandato.”
“Como, da minha residência, estou colocando alguém em perigo?” questionou o consultor.
John Knox faz parte do LA Firefighters for Freedom.
“Estamos lutando contra esses mandatos inconstitucionais porque tudo o que é repugnante à constituição é ilegal. Esses mandatos claramente extrapolam os parâmetros constitucionais. Como bombeiros e socorristas, precisamos tomar uma posição e deixar o resto da américa saber que lutaremos e que eles podem se juntar a nós”, afirma Knox.
‘Isso é contra nossos direitos como americanos’
Um professor da 3ª série do Maine acredita que as vacinas contra a COVID não deveriam ser obrigatórias.
“As pessoas têm o direito de fazer as escolhas que melhor funcionem para suas famílias e para elas mesmas. Sinto que isso é contra nossos direitos como americanos. Por que estamos morrendo para esta espada?” perguntou a professora.
O prazo para o mandato de vacinação da Amtrak é também até 8 de dezembro. Um funcionário relatou sua situação ao Epoch Times, sob a condição de anonimato.
“Os funcionários com isenções religiosas são 1. Negados sem explicação ou 2. ‘Aprovados’ para ‘licença pessoal’ não remunerada e não têm permissão para procurar outro trabalho durante a ‘licença pessoal’ involuntária. Esta ‘acomodação’ é excepcionalmente dura e retaliatória, considerando que os funcionários com isenção médica têm permissão para continuar a trabalhar com testes semanais, incluindo funcionários com contato total com cliente, como condutores”, afirmou.
“Qualquer funcionário que não cumpra o mandato de vacinação será acusado de insubordinação e rescindido, de acordo com os repetidos anúncios internos feitos pela Amtrak.”
Eric Mallow, um ferroviário, declarou: “Quanto mais obedecermos à tirania deles, pior isso vai ficar! Fomos absolutamente essenciais no ano passado e agora somos totalmente dispensáveis. Defender os direitos dos americanos supera em muito a dificuldade de sair de uma empresa que me vê como um número insignificante”.
Uma secretária do Arizona afirmou ao Epoch Times que os mandatos são uma “violação total” de sua liberdade.
“Onde isso termina? Se eles podem forçar vacinas em nossos corpos e violar nossa vontade dessa forma, onde a linha será traçada? Precisamos lutar e não permitir isso”, afirmou a secretária.
O Epoch Times entrou em contato com a Amtrak e a Raytheon para comentários sobre o assunto.
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