Caso de corrupção no Parlamento Europeu pode “abalar democracia”, diz Scholz

Por Agência de Notícias
16/12/2022 10:56 Atualizado: 16/12/2022 10:56

O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse nesta quinta-feira que o “escândalo” do suposto esquema de subornos no Parlamento Europeu que envolve Qatar e Marrocos “é um assunto muito sério que pode abalar a confiança na democracia e no parlamentarismo”.

Scholz expressou-se nestes termos no final da cúpula que os chefes de Estado e de governo realizaram hoje em Bruxelas e que começou, como é habitual, com a presença na sala da presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola.

O chanceler alemão disse confiar que Metsola irá realizar as medidas que anunciou para prevenir subornos futuros, incluindo um “amplo pacote de reformas internas” a partir do próximo ano, que incluirá, entre outras mudanças, um reforço da proteção de denunciantes de corrupção, uma proibição de todos os grupos de amizade não oficiais com países terceiros e revisão da relação entre o Parlamento Europeu e os governos estrangeiros.

O esquema, revelado na última sexta-feira, resultou até agora no indiciamento de uma ex-presidente do Parlamento Europeu, a social-democrata grega Eva Kaili, assim como seu companheiro, o italiano Francesco Giorgio, um ex-eurodeputado transalpino, Pier Antonio Panzeri e um lobista italiano, Niccolo Figa-Talamanca, acusados pertencer a uma organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção.

Todos estão em prisão preventiva, exceto Figa-Talamanca, a quem o juiz libertou, mas com uma pulseira eletrônica.

Além disso, há outros investigados em uma operação dentro da qual foram realizadas 16 buscas na Bélgica e que se estendeu também à Grécia e à Itália.

 

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